A OLX alterou seu modelo de cobrança no Brasil, transferindo a taxa de serviço dos vendedores para os compradores. A mudança, iniciada no segundo semestre, segue uma tendência observada nos mercados da Europa e Ásia. Também é esperado que o volume de transações triplique até o final de 2024 em comparação a 2023, impulsionado pela nova cobrança e outras melhorias na plataforma.
As informações são da Chief Product Officer (CPO) do grupo, Regina Botter, ao Money Times. Com o novo modelo, os vendedores podem listar produtos sem custos, enquanto o comprador, que já arca com o frete, passa a pagar pela conveniência e garantia do serviço. Botter revelou que a mudança aumentou a participação de vendedores na plataforma: “Antes, tínhamos em média um anúncio por usuário ao ano; agora, esse número subiu para 1,5, e o volume de compras também aumentou”.
Produtos populares e segurança
Entre os itens mais procurados na OLX estão eletrônicos, como celulares e acessórios, especialmente em meio à alta dos juros. Segundo dados internos, celulares correspondem a 14% do valor total de transações na plataforma, com grande interesse por marcas como iPhone. Além disso, itens de decoração, móveis e eletrodomésticos mantêm alta demanda, especialmente em períodos como Black Friday e Natal.
Para aumentar a segurança, a OLX intensificou a educação dos usuários sobre fraudes e utiliza tecnologias de monitoramento para identificar transações suspeitas. “Monitoramos o chat interno e contamos com parceiros de inteligência para proteger as transações. Essas ações reduziram significativamente as denúncias de fraude”, afirmou Botter.
Concorrência e diferencial
Com mais de 20 categorias e 120 subcategorias de produtos e serviços, a OLX aposta na variedade e no modelo de transações entre pessoas físicas, diferenciado de plataformas como Mercado Livre. Segundo Botter, a OLX se mantém focada na economia circular e na facilidade para quem quer comprar e vender itens usados.