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Omnichannel se consolida com média de 7,5 canais visitados, revela Kantar

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

Pessoa fazendo compras omnichannel
Imagem: reprodução

A relevância da omnicanalidade não é segredo e de acordo com o Consumer Insights 2023, da Kantar, o ano passado marcou a estabilização do omnichannel, com uma média de acesso – dos consumidores brasileiros – no total de 7,5 canais para compras. 

Em contrapartida, o número de estabelecimentos acessados em 2022 foi de 7,7.

A pesquisa traz uma visão 360° sobre o consumo de bens massivos pelo público brasilerio, incluindo alimentos, bebidas, artigos de limpeza e itens de higiene e beleza pessoal; assim como uma análise do comportamento de maneira contínua.

Representando, aproximadamente,  60 milhões de lares, o estudo reúne 11.300 domicílios de todas as regiões e classes sociais do Brasil. A empresa também acompanha o comportamento de 47 milhões de indivíduos.

Experientes, cautelosos e experimentadores: diferentes perfis de clientes

Segundo o estudo, as rendas mais baixas ou consumidores cautelosos, limitam mais a quantidade de canais acessados – com uma média de quatro estabelecimentos –, porém de 2022 para 2023, este público cresceu de 7,9% para 11,1%.

Consumidores cautelosos são compostos, em sua maioria, por famílias com cinco ou mais integrantes das classes D e E. Na análise mensal, estes realizam seis visitas aos canais e gastam, aproximadamente, R$ 536. Em torno de 15 itens são adquiridos, um aumento de 22% na comparação entre 2022 e 2023. 

Já os consumidores experientes, com média de oito ou mais canais visitados, fazem 12,8 idas aos pontos de compra no mês e levam apenas 9 itens. Por outro lado, consumidores experimentadores visitam de cinco a sete canais, com aproximadamente 9,7 viagens e 11 objetos por jornada. 

O varejo tradicional apresenta itens mais baratos e com jornadas de compra menores, 45,8% dos produtos são comprados por consumidores cautelosos. Outros modelos, como o Cash and Carry – popular por seu autoatendimento – aparece em jornadas mais longas, com 23% dos itens sendo adquiridos por clientes experientes. 

Ademais, há um padrão diferente quanto aos gastos, detalha a pesquisa. Clientes experientes priorizam missões de necessidades específicas e de proximidade (27%) e a cesta de bebidas (21%). Os cautelosos escolhem missões de abastecimento (61%) e cesta de mercearia salgada (13%).

O papel do e-commerce

Aplicativos e sites de varejistas são os principais atores na recuperação de novos lares para o e-commerce. De 2022 para o ano passado houve uma alta de 1 p.p e o canal se destaca pelo crescimento de 179 mil lares no Brasil.

Classes A e B (39% em relevância de unidades), na faixa etária de 30 a 39 anos (24% em relevância de unidades), passaram a comprar através das lojas virtuais e tiveram um papel significativo no crescimento do e-commerce em 2023. 

Além disso, há destaque para recompras (+9%) e missões de reposição (+44%). 

Determinadas categorias foram destaque na pesquisa: farmácias perderam espaço em seu principal canal, o mercado de balcão (OTC) e o segmento de higiene e beleza se desenvolveu dentro do e-commerce com itens mais acessíveis.