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Para WGSN, futuro digital será cada vez mais humanizado e comunitário

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

“Quando falamos de tendências, estamos falando de movimentos incipientes”, afirma Vitor Coelho, consultor sênior da WGSN. A tendência é algo que já existe hoje e se relaciona a algum grupo de nicho. Só que para pensar no futuro, a internet em 2025, especificamente, três conceitos devem ser centrais: segurança, ética e entretenimento, diz o levantamento da WGSN. O estudo também destaca a predominância da ideia de comunidades, que no ambiente digital, funcionam como bolhas, com conteúdos diferentes sugeridos pelo algoritmo.

Até 2028, é previsto que o tráfego de pesquisa orgânica das marcas diminua em 80%, e em uma perspectiva sobre pessoas e relacionamentos, é esperado que 71% da população mundial tenha acesso à internet até 2027, em comparação com 60% em 2022. ”Pensar no futuro digital é pensar no futuro das nossas relações digitais como um todo”, complementa o palestrante. Para navegar na internet do futuro, os tripulantes precisarão ter em mente algumas observações, tanto para captar tendências quanto para se proteger de possíveis danos.

Futuro da internet: alguns tópicos

  • Design voltado à segurança digital: muito tempo na internet causará a amnésia digital pelo excesso de tecnologia. Então, lançar ferramentas para reavivar memórias poderá ser uma estratégia diante desse cenário, assim como proteger a privacidade nesse ambiente.
  • Novas regras da internet: reavaliar o conceito de imperfeição. Diante de tantos filtros, seguidores e lifestyles, é fundamental pensar na vida sem esses artifícios, uma “desinfluencia”.
  • Humanização da IA: pensar em estratégias para navegar na internet da pós-verdade. Por exemplo, sistemas para detectar empresas que fazem greenwashing ou não.
  • Internet polarizada: feeds diferentes com cada um vivendo sua verdade em “bolhas”.
  • Máquina de marketing de massa: dentro do contexto de dados, cada vez mais marcas falando com a gente, tornando-se excessivo.
  • Origens da internet: com o consumo excessivo, as pessoas criaram espaços seguros para falar sobre temas sem interrupção. Disso vem a nostalgia do futuro que usa tecnologia atual para simular algo do passado.

Recados para os futuros navegantes

Saúde mental em primeiro lugar. O investimento no cuidado mental no ambiente digital é um reflexo desse excesso de informações dispostas no online. O que também retoma o conceito de imperfeição, pois nem tudo é como aparenta na internet. Valores, a economia criativa e influenciadores devem ser mensurados mais pela conexão com sua marca do que pela visibilidade. Também não dá para esquecer o investimento em IA para alcançar os clientes e experimentar o conceito de curadoria como serviço, apostando em plataformas que utilizam esse recurso para criar experiências visuais.