O PicPay registrou lucro líquido de R$ 251,8 milhões em 2024, um salto de sete vezes na comparação anual. No quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 80 milhões, três vezes maior contra igual período de 2023. A receita cresceu 61% no ano, para R$ 5,6 bilhões, e avançou 91% no quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2023, chegando a R$ 1,8 bilhão.
A margem bruta (gross profit) atingiu R$ 2,8 bilhões no ano, crescendo 53% em relação ao ano anterior, e a receita líquida de juros (NII) dos serviços financeiros, que envolve operações de crédito e cartão, chegou a R$ 520 milhões no quarto trimestre, contra R$ 23 milhões em igual período do ano anterior. No ano completo, o NII saiu de R$ 29,2 milhões em 2023 para R$ 1,4 bilhão.
Na frente de Serviços Financeiros para Pessoa Jurídica, 2024 marcou o lançamento da maquininha própria e da Smart POS, o que contribuiu para a ampliação do portfólio, que já conta com checkout, e-commerce e link de pagamentos, além de crédito. O volume total transacionado na adquirência foi de R$ 39 bilhões no ano, avanço de 33% ante igual período de 2023. Na área de benefícios corporativos, ainda foi lançada a funcionalidade de antecipação salarial.
“O crescimento expressivo da nossa receita e dos nossos principais números é fruto da estratégia de lançamento e cross-sell de produtos, que tem impulsionado a diversificação do portfólio. Com um modelo eficiente e um custo de servir baixo, seguimos ampliando nossa presença no mercado de forma sólida e sustentável, com avanços na carteira digital e destaque para a evolução da carteira de crédito”, destaca Eduardo Chedid, CEO do PicPay.
Além disso, a companhia apresentou um retorno sobre patrimônio (ROE) anualizado de 19% no quarto trimestre, 10 pontos percentuais (pp) acima do registrado em igual período de 2023.
Em 2024, o app chegou a 60,2 milhões de contas, um crescimento de 14% em relação a 2023, que mantém a posição do PicPay como 7º maior banco em número de clientes do país. Os usuários ativos chegaram a 38,9 milhões, alta de 13%. A receita média por usuário ativo (ARPAC) subiu a R$ 47 no quarto trimestre, aumento de 75% na comparação anual.
O volume total transacionado foi de R$ 421 bilhões em 2024, 55% maior na comparação anual, e de R$ 123,3 bilhões no quarto trimestre, 44% acima do registrado no mesmo período de 2023.
Já o cash-in — valor que os usuários trazem para o PicPay e que indica o uso crescente do aplicativo como conta principal — totalizou R$ 378 bilhões em 2024, 58% maior do que no ano anterior. O saldo em conta subiu 53% comparado a 2023, para R$ 20 bilhões.
“Além de novas linhas de negócio, continuamos crescendo em frentes já consolidadas, como a carteira, e vemos o engajamento e a principalidade avançando a cada trimestre”, afirma o executivo de RI, M&A e Estratégia do PicPay, André Cazotto. “Isso demonstra a força do nosso modelo, cada vez mais diversificado e com um equilíbrio saudável entre receitas de fee e asset light e receitas de crédito”, acrescenta.
Crescimento acelerado em crédito
A carteira de crédito — composta por empréstimo pessoal, cartão, consignado e antecipação do FGTS — somou R$ 10,6 bilhões no período, avanço de 28% na comparação contra o trimestre imediatamente anterior e um salto de 18 vezes na base anual. Os produtos colateralizados representam 44% da carteira.
Expansão do portfólio e inovação
Ao longo do ano, mais de 5,7 milhões de pessoas usaram o Assistente PicPay. O PicPay está entre os maiores clientes da Azure OpenAI e é uma das empresas com maior volume de interações com o GPT, com uma média de 10 bilhões de tokens processados por mês.
A empresa também foi pioneira no Pix por aproximação e uma das primeiras adquirentes a ter sua maquininha habilitada para a solução. O portfólio ainda foi ampliado com o lançamento do Hub de Veículos que utiliza IA, o Modo Seguro, a conta para menores e funcionalidades para os pais e o portfólio de seguros, que cresceu e atingiu 5 milhões de apólices ativas, quatro vezes superior na comparação anual.
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