Embora tenha sido oficialmente instituído pela Organização da Nações Unidas (ONU) apenas na década de 1970, o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, já era celebrado de alguma forma ao menos desde o fim do século XIX, quando grandes passeatas tomavam as ruas de diversas cidades da Europa e da América do Norte, em defesa de pautas como o direito feminino ao voto e a melhores condições de trabalho.
Em países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, as comemorações não se restringem a um único dia e se multiplicam ao longo de todo o mês de março, nomeado pelo Congresso estadunidense como “Mês da História da Mulher”, desde o ano de 1987. Entre os fatos marcantes que conduziram à criação desse período festivo, estão o primeiro grande desfile do movimento sufragista, ocorrido em 3 de março de 1913, no distrito de Washington, e o surgimento do National Woman’s Party, grupo dedicado à luta pelo voto feminino, formado em março de 1917.
Como se vê, o histórico dessa data comemorativa remonta a toda uma trajetória de conquistas de direitos políticos, sociais e econômicos, alcançados pelas mulheres ao longo de mais de um século. No entanto, ainda que já tenhamos assistido a um significativo avanço dessas pautas, ainda há muito o que ser feito, em especial quando se fala na luta feminina por mais espaço no mercado de trabalho.
Um levantamento recente, divulgado em 2021 pela plataforma de tecnologia para recursos humanos Gupy, identificou um alto volume de contratação de mulheres no Brasil, em áreas tradicionalmente marcadas por uma grande desigualdade de gênero em seus quadros profissionais. Dentre esses setores, o destaque ficou por conta do segmento logístico, que, à época, registrou uma alta de 229% no número de vagas ocupadas por mulheres, ficando à frente de mercados como os de tecnologia (193%) e engenharia (179%), por exemplo.
Embora represente um valor expressivo, esse crescimento da presença feminina apontado pela pesquisa ainda não foi suficiente para driblar a disparidade que caracteriza a ocupação de vagas de trabalho na área de logística. Ainda de acordo com dados fornecidos pela Gupy, embora a parcela de cargos exercidos por mulheres no setor tenha registrado um aumento de quase dez pontos percentuais, entre os anos de 2020 (18,62%) e 2021 (28,05%), trata-se de uma fração bastante tímida quando comparada à participação masculina na logística, que foi de 81,38% para 71,95%, durante o período contemplado pelo estudo da plataforma.
Com esse cenário em mente, é preciso que as transportadoras e demais empresas ligadas ao setor logístico sigam investindo em ações e políticas afirmativas, capazes de conduzi-las em direção à igualdade profissional entre homens e mulheres. E, assim, extinguir, de uma vez por todas, o paradigma – já há muito superado – de que este é um segmento voltado preferencialmente ao público masculino.
Na J&T Express, acredita-se que, para além de oferecer oportunidades de trabalho às mulheres, é preciso garantir que todas elas tenham não só o suporte necessário para conciliar suas demandas profissionais, familiares e domésticas, como também possam acessar atividades formativas e de aperfeiçoamento, a fim de ampliar seus horizontes e avançar em seu plano de carreira.
Assim, a empresa reforçamos o compromisso com a construção de um mercado logístico comprometido com a equidade de gênero e atento às pautas e demandas femininas. Para além de datas comemorativas, tanto o Dia Internacional, quanto o Mês da História da Mulher, a J&T Express encara como momentos de reflexão e, principalmente, de efetivação de práticas que façam jus ao histórico de luta das mulheres, oferecendo a elas o devido destaque na agenda do campo de atuação.