A Shein mantém seu protagonismo no cotidiano do e-commerce brasileiro. Com uma série de manobras ao longo do ano para se fortalecer por aqui, a empresa chinesa de moda aparece, agora, como site com maior intenção de compra para a Black Friday 2023. Os dados são da Conversion.
De acordo com o estudo, a plataforma tem 19% das menções dos consumidores entrevistados quando indagados sobre onde comprarão neste período. A formação do pódio conta ainda com Amazon (18%) e Mercado Livre (16%).
Veja o ranking completo abaixo:
Black Friday
A pesquisa também mostra uma intenção de consumo em alta de 8,7% ante mesmo período em 2022. Ao todo, 90,5% dos entrevistados têm interesse em comprar este ano.
O e-commerce em si, aliás, é a opção mais viável para 40,6% dos entrevistados, enquanto a loja física fica em 26%. Os aplicativos, que também podem ser relacionados ao comércio eletrônico, são o caminho para 25% dos respondentes.
Na lista de categorias mais procuradas, o mapeamento mostra Eletrônicos, Eletrodomésticos (15,72%) e Celulares (14%) com maior destaque. Fora do top 3, segmentos como Moda e Acessórios (11,4%), Calçados (11,32%) e Cosméticos (8,5%) também estão no imaginário do público.
Abaixo, a lista completa:
Segundo Diego Ivo, CEO da Conversion, a expectativa é que as vendas de 2023 ultrapassem os resultados da última Black Friday. O executivo acredita que o cenário econômico melhorou e existe espaço para este crescimento.
“A expectativa é de que as vendas da Black Friday deste oultrapassem as do ano passado, considerando a melhora do cenário econômico do país – com juros mais baixos e um aumento tímido do poder de compra. Além disso, o setor de e-commerce mostra-se mais maduro este ano, após absorver lições da pandemia e responder à busca constante por inovação, impulsionada pela acirrada concorrência entre os players do mercado, especialmente diante do boom das plataformas asiáticas”, observa.
O levantamento aponta que o gasto da maioria para o período deve ficar entre R$ 1 mil e R$ 3 mil.
Análise Shein x Brasil
A ascensão da Shein no Brasil nos últimos meses é notável e importante para compreender o porque dessa liderança, principalmente por estar a frente de duas companhias também de destaque. Na visão de Ivo, isso diz muito sobre o cenário interno do e-commerce.
“O movimento dos consumidores em direção a e-commerces estrangeiros evidencia a necessidade de adaptação das varejistas nacionais em um ambiente cada vez mais competitivo. À medida que a Black Friday se aproxima, a competição entre plataformas asiáticas e varejistas nacionais promete ser acirrada, o que pode proporcionar não apenas desafios, mas também oportunidades para aprendizados e mudanças relevantes no cenário do comércio eletrônico nacional”, explica.
Outro ponto mencionado pelo relatório da Conversion conversa com o fato de outros players brasileiros investirem também no comércio cross border. Isso, na prática, pode ser uma das formas de buscar o equilíbrio com essas empresas internacionais.