A Shopee está construindo seu primeiro centro de distribuição no Brasil, em uma sinalização de que a gigante asiática do e-commerce quer turbinar sua logística para competir com grandes marketplaces, como Mercado Livre, Amazon e Magalu, segundo publicado na coluna Capital, do jornal O Globo.
O galpão está sendo construído em Barueri, na Grande São Paulo, onde também está localizado o primeiro CD da Amazon. Segundo a publicação, não está claro quando o galpão deve ficar pronto.
Em entrevista ao site MobileTime em maio, o gerente de negócios da Shopee Brasil, Felipe Feistler, disse que a companhia não tinha centro de distribuição no Brasil e que, por aqui, focava na intermediação entre vendedores e compradores, sem interferir na logística. Mas circula há alguns meses entre vendedores da Shopee a informação de que o site estaria interessado em trazer para o Brasil sua solução de fulfillment.
Fullfiment no e-commerce
Criado pela Amazon, o modelo passou a ser adotado por diversos e-commerces e permite que vendedores armazenem seus produtos diretamente no galpão do site, agilizando a logística e alavancando vendas. É por causa desse modelo que companhias como Mercado Livre e Amazon têm sido vorazes locatárias de condomínios logísticos de alto padrão no país, levando esse nicho de mercado a um recorde histórico.
A Shoppe também está ampliando sua estrutura administrativa no Brasil. Como noticiou a coluna há um ano, a Shopee instalou escritório na avenida Faria Lima, coração financeiro de São Paulo. Agora, a companhia de Cingapura assumiu mais uma laje do edifício e passou a ocupar três andares, disseram fontes a par das movimentações.
Expansão da Shopee no Brasil
Controlada pela Sea Limited, de Cingapura, a Shopee opera no Brasil desde 2019. Mas sua operação ganhou tração na pandemia, quando passou a integrar vendedores locais — justamente aqueles que mais teriam interesse no serviço de fulfillment.
O centro de distribuição chega no momento em que, graças ao marketing agressivo, a Shopee já figura entre os dez e-commerces mais acessados pelos brasileiros. Seu site é o oitavo mais visitado, ultrapassando Ponto Frio e Extra e encostando no rival AliExpress.
Os números são da plataforma Similarweb e foram compilados pela Beyond Borders, estudo sobre varejo eletrônico na América Latina feito pela empresa de pagamentos Ebanx.
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Fonte: O Globo