O novo momento do varejo, acompanhado da inteligência artificial, meios de pagamentos inusitados e exigências dos consumidores traz a inovação como uma responsabilidade para as marcas e donos de e-commerces. O comércio digital é a interface dos usuários com suas compras, portanto a simplicidade dos processos precisa estar em evidência.
Garantir uma base tecnológica para sustentar as compras e permitir que a conversão, frequência e comunicação constante com os clientes aconteça é dever das empresas. Carlos Alves, VP de tecnologia, e Bruno Lino, superintendente de e-commerce, ambos da Cielo, compartilharam algumas dicas, soluções e considerações sobre as características do cenário digital.
Nos últimos anos as transformações não pararam de chegar ao universo online, porém, os executivos defendem que o papel das marcas precisa ser trabalhar em soluções e caminhos simplificados para os consumidores. É necessário que as empresas compreendam as novas mudanças, mas na relação com o cliente as entregas de experiências sejam sem fricção e de forma simples.
Apesar das evoluções no mercado, Alves defende que “no final do dia tem sempre um processo de captura, avaliação de risco, validação e retorno” e isso não deve ser alterado e muito menos dificultado.
Hoje em dia o mercado se modernizou e a simplicidade deve ser uma nova estratégia para as empresas. Bruno declara que com o crescimento da digitalização é preciso abstrair a complexidade, “é necessário tirar a fricção de todos os canais e facilitar as jornadas de compra”.
O novo mundo
Outro ponto levantado pelos especialistas são as principais tendências para o futuro dos pagamentos. Trazendo dois aspectos chaves, o futuro da área se relaciona com a simplificação de processos e integração com novos meios para compras.
Sob a perspectiva da simplicidade, para Alves, a conveniência do cliente deve ser o precursor da nova Era das compras. Os estabelecimentos comerciais precisam ser capazes de propor cenários convenientes à quem realmente interessa, possibilitando que a frequência, recência e ticket médio do cliente aumentem.
“O olhar mais tecnológico traz um nível de sofisticação adicional para todos os componentes e serviços já disponíveis nos ambientes e plataformas online. O diferencial é a integração e a capacidade de simplificar os processos, tanto no físico quanto no online, para os consumidores”, detalha Carlos.
Propondo um cenário de integração entre streamings e compras, o vice-presidente ressalta a presença da omnicanalidade e facilidade dos shoppers comprarem o que desejam. “As mídias interativas criam uma percepção de impulsividade que antes só se tinha no físico”, conclui. Portanto, agora as empresas precisam possibilitar que haja a compra ‘instantânea’, com segurança – sem fraudes – e com retenção dos consumidores.
Lino completa: “qualquer que seja o futuro, ele vai ser digital e as jornadas precisam ser mais fluidas. A complexidade dos pagamentos vem aumentando, porém para o cliente a venda precisa ser simples e é isso que precisamos seguir trabalhando”.
Para finalizar, os executivos deixam dois conselhos para as marcas.
“Meu maior conselho é estar próximo ao cliente e entender quais são as dores dos consumidores. Sem sair do escritório para compreender as dificuldades dos usuários não é possível encontrar o melhor caminho para diminuir a fricção”, declara Bruno.
Já Carlos, aconselha: “há diversas soluções simples que podem ser implementadas. Não adianta fugir, é uma nova realidade de comportamento de consumo, a nova geração com poder de compra é nativa deste universo, então não se assuste”.