O comércio eletrônico no Brasil movimentou R$ 196,1 bilhões em 2023, registrando um crescimento de 4% em comparação a 2022, quando o volume de transações foi de R$ 187,89 bilhões. Os smartphones continuam liderando as vendas, embora o faturamento com a comercialização desses tenha caído 39% em um ano.
Os dados são do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Com base em informações obtidas a partir de Notas Fiscais eletrônicas, fornecidas pela Receita Federal, os smartphones mantiveram a posição de produto mais vendido no comércio eletrônico em 2023, totalizando R$ 10,3 bilhões.
Outros itens de destaque incluem livros, brochuras e impressos (R$ 6,4 bilhões), televisores (R$ 5,3 bilhões), refrigeradores e congeladores (R$ 5 bilhões), tablets (R$ 4,4 bilhões) e suplementos alimentares (R$ 3,7 bilhões).
Os produtos mais vendidos variam de estado para estado. Exemplos incluem calçados em Minas Gerais, aparelhos de ar-condicionado no Espírito Santo e refrigeradores e congeladores em Santa Catarina e Paraíba. Em Goiás, automóveis lideraram as vendas, enquanto no Distrito Federal, os livros foram os itens mais comprados.
Smartphone em foco
Apesar de se manterem no topo, as vendas de celulares tiveram uma queda de 43% em relação a 2021, ano em que as vendas desses dispositivos atingiram R$ 18,1 bilhões – o valor mais alto da série histórica do observatório. Em comparação a 2022, quando o volume de vendas foi de R$ 16,9 bilhões, a redução em 2023 foi de 39%.
Os estados que mais se destacaram na venda de smartphones incluem Bahia, Ceará, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo.
A região Sudeste permaneceu como a maior vendedora no cenário do comércio eletrônico, concentrando 73,5% das transações online, seguida pelas regiões Sul (15,2%), Nordeste (7%), Centro-Oeste (3%) e Norte (1,3%).
No que diz respeito à origem das compras, a região Sudeste foi o principal destino dos negócios, representando 55,6% das transações, na sequência aparecem o Sul (16,8%), Nordeste (15,8%), Centro-Oeste (8,3%) e Norte (3,3%).