O comércio eletrônico é visto, com frequência, como uma alternativa viável para quem quer empreender. No entanto, a facilidade em abrir uma loja virtual muitas vezes não se transforma em vendas e, sem consumidor, a loja fecha.
Uma pesquisa da Big Data Corp. mostra que o tempo médio de vida das lojas virtuais brasileiras é de apenas três meses. Para se ter uma ideia, a cada 100 empresas físicas abertas no Brasil, 24 fecham em até dois anos, segundo o Sebrae.
Idosos já têm o costume de comprar pela internet
Apesar dessa mortalidade em pouco tempo, o volume de lojas virtuais no Brasil está crescendo. A pesquisa mapeou mais de 35 milhões de sites, dos quais 450 mil são e-lojas no Brasil. Um comércio eletrônico é considerado desativado quando para de ser acessado, de ser atualizado ou de receber qualquer tipo de interação por um período superior a um mês.
Apenas no primeiro semestre deste ano, o comércio eletrônico brasileiro já faturou R$ 16,06 bilhões, de acordo com o relatório Webshoppers da E-bit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico. Isso representa um aumento de 26% em relação ao mesmo período de 2013, quando o setor teve um faturamento de R$ 12,74 bilhões.
Motivos
Os motivos que levam uma loja virtual ao encerramento são inúmeros: a falta de planejamento e profissionalização da equipe, a competição acirrada e a ausência de um mercado consumidor forte são alguns deles.
Além de motivos relacionados à gestão do negócio, outros podem ser citados: lojas ou ações de venda temporárias realizadas por empresas e marcas e plataformas criadas para teste de mercado são alguns exemplos.
Confiança
Rodrigues afirma que o fator confiança também é um obstáculo para as lojas virtuais. O consumidor não confia em uma loja pequena, que tem dificuldade em vender e acaba fechando. De acordo com pesquisa da Experian Hitwise, a taxa média de conversão brasileira é baixíssima: apenas 1,65%.
De acordo com Salvador, o consumidor já aprendeu a procurar sinais de confiança. As lojas recém-criadas têm dificuldade maior de atrair confiança porque não têm reputação nas redes sociais.
— Ele procura reclamações e opiniões de outros consumidores, desconfia de ofertas muito agressivas à vista ou no boleto.
O Sebrae dá algumas dicas para transformar visitas na loja virtual em vendas: conhecer bem o consumidor, dialogar diretamente com ele por meio de e-mail no site ou das redes sociais, usar bem o e-mail marketing.
Além disso, assim como uma loja física, a virtual precisa ser atraente. É preciso desenvolver um layout criativo com boas fotos e descrição detalhada dos produtos, disponibilizar de forma clara, na sacola de compras, todas as informações necessárias para a conclusão do pedido, e oferecer uma boa assistência pós-venda.
Fonte: R7