O TikTok estabeleceu uma meta de vendas de produtos entre US$12 bilhões e US$13 bilhões para o segundo semestre deste ano nos EUA. Esse ambicioso objetivo, relatado pela 36Kr, foi fixado após a plataforma ter ficado bem aquém das expectativas nos primeiros cinco meses.
O relatório citou dados importantes da Tabcut, uma empresa chinesa que acompanha o desempenho do TikTok Shop. Entre os tópicos, há uma indicação de que o TikTok gerou menos de US$2 bilhões no negócio de compras dos EUA de janeiro a maio de 2024.
Qual a importância desses dados?
A possível proibição do TikTok nos Estados Unidos parece já ter prejudicado o crescente negócio de e-commerce da plataforma no país com a maior base de usuários.
Isso porque o TikTok esperava expandir seu negócio de e-commerce nos EUA em dez vezes, atingindo até US$17,5 bilhões este ano — de acordo com um relatório de janeiro da Bloomberg. Até agora, a empresa alcançou apenas 11,4% de sua meta de GMV nos últimos cinco meses, como mostrou o relatório da 36Kr.
Em meados de maio, o TikTok organizou uma pequena reunião a portas fechadas em Shenzhen. Nela, foram convidados os principais vendedores nacionais para transmitir a mensagem de que a plataforma “permanece otimista sobre suas perspectivas no mercado dos EUA, apesar de enfrentar um vento político contrário“. A empresa também garantiu aos participantes que possui planos de contingência abrangentes, mesmo no “pior cenário”.
Como parte do esforço mais recente para enfrentar a exigência do governo dos EUA de desinvestir ou banir o aplicativo, a ByteDance, controladora do TikTok, nomeou John Rogovin, ex-advogado da Warner Bros, como seu conselheiro geral global. Em maio, a empresa processou o governo dos EUA para bloquear uma lei que a obrigava a vender sua operação nos EUA ou enfrentar uma proibição total.
No anúncio da nomeação, o TikTok disse que Rogovin se reportará ao CEO da ByteDance, Liang Rubo, e indiretamente ao chefe do TikTok, Shou Chew.