Nem é preciso dizer que esses últimos meses trouxeram muitas transformações para nós. Por conta do distanciamento, aquela conversa pessoal foi transformada para virtual, e o mesmo valeu para o consumo. E nesse turbilhão de digitalização, as empresas correram em busca de soluções que “humanizassem” seus negócios agora digitalizados. O velho e conhecido WhatsApp entrou para essa estratégia, e quem explica essa revolução na jornada dos clientes na era conversacional é Guilherme Dallaqua, Head de Alianças Estratégicas da Take Blip.
“Já não se trata mais de ‘se’ eu vou adotar o WhatsApp no meu negócio, mas sim ‘quando’. Trata-se de uma ferramenta com enorme poder conversacional. São 2 bilhões de usuários por mês usando o app no mundo, 93% desses acessando todos os dias. No Brasil, aliás, está presente em 99% dos smartphones. E, claro, esse recurso precisa ser melhor aproveitado pelos negócios”, disse Dallaqua.
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Mas, como usar o WhatsApp nos negócios
Segundo o especialista, o aplicativo tradicional (sim, esse que nós utilizamos no dia a dia) pode ser usado por pequenos empreendedores. “Ele é mais recomendado para pessoas que transacionam pequenos volumes e conseguem administrar a ferramenta sozinhas. A partir do momento em que esse fluxo aumenta, recomendo que haja uma evolução para o WhatsApp Business API”, disse.
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Isso porque, segundo ele, o recurso mais sofisticado supre a maior demanda de vendas e atendimento. Além disso, é capaz de engajar o consumidor com um catálogo de produtos, por exemplo, dentro do app. “Essa ferramenta traz como benefícios tecnologia e segurança para elevar a experiência do usuários”. Outra boa notícia de se trabalhar com o WhatsApp Business é a capacidade de reatar o atendimento com o consumidor e vender um novo produto para ele.
Entretanto, a cereja do bolo trazida por Dallaqua é a questão de já haver recursos que “espelham” o e-commerce com o WhatsApp. Ou seja, durante uma compra, o vendedor consegue, por exemplo, conectar o comprador a um vendedor de uma loja próxima a ele — e o atendimento humano assume a negociação, a fim de dar continuidade à venda. “Lembro que as informações do pedido são repassadas e respondidas em tempo real, eliminando qualquer fricção da venda”, acrescentou.
Como escalar a estratégia conversacional do seu e-commerce
Antes de tudo, segundo Dallaqua, é preciso deixar claro ao consumidor que existe este recurso (conversacional) no negócio. Para tanto, pode ser utilizado um call to action bem claro da ferramenta, que pode ser feito, inclusive, em pontos físicos. “Com um QR Code, eu consigo destacar o recurso, com grande chance de adquirir o cliente em tempo real. Afinal, o link já redireciona para a ferramenta do WhatsApp, e uma pessoa dá continuidade ao atendimento. Pode ser feito na TV, redes sociais… Enfim, onde a pessoa quiser”, finalizou.
O The Future Of E-Commerce – Edição Martech acontece nesta terça-feira (1) e na quarta (2) e recebe grandes nomes do mercado de tecnologias para marketing. O evento faz parte de uma série de congressos do E-Commerce Brasil para tratar sobre o futuro do comércio eletrônico no Brasil.
Por Giuliano Gonçalves, da redação do E-Commerce Brasil.