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Varejo dos EUA congela pedidos após tarifaço de Trump

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Por: Alice Lopes

Estagiária da Redação E-Commerce Brasil

Estudante de jornalismo e estagiária de redação no Ecommerce Brasil

Varejistas norte-americanos do setor de roupas e acessórios estão tomando medidas emergenciais diante do novo pacote de tarifas sobre produtos importados da China e do Vietnã, que entra em vigor nesta quarta-feira (9). Entre as principais ações estão o adiamento de pedidos internacionais e a suspensão temporária de contratações.

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(Foto: Unsplash)

A decisão ocorre uma semana após o anúncio das tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 2 de abril. Desde então, o mercado reagiu negativamente: ações de grandes empresas do setor despencaram, com perdas de 16% para a Adidas, 18% para a Puma e 31% para a VF Corp, que detém marcas como The North Face.

Gigantes como Lululemon e Nike estudam medidas para contornar o cenário adverso. Entre as opções em avaliação estão o aumento de preços na casa dos 40% ou a absorção das perdas, com impacto direto nas margens de lucro. Enquanto isso, fabricantes menores enfrentam desafios ainda maiores, já que não dispõem de cadeias de suprimento diversificadas, o que os torna mais vulneráveis à nova política comercial.

Produção no Vietnã e China sente os primeiros efeitos

O Vietnã, atualmente o segundo maior fornecedor de roupas e calçados para os EUA, é peça-chave na produção global de marcas como Nike e Adidas. O país abriga unidades altamente especializadas que produzem desde tênis de alto desempenho até vestuário esportivo, reforçando sua relevância no cenário internacional.

Na China, as novas tarifas também provocaram reação imediata. Fábricas no polo têxtil de Guangzhou estão lidando com cancelamentos de pedidos norte-americanos, acumulando estoques já produzidos e enfrentando prejuízos. Embora os salários não tenham sido reduzidos até o momento, o excesso de oferta no mercado interno está derrubando os preços e comprimindo os lucros do setor.

Em resposta às medidas de Washington, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, criticou duramente a postura dos Estados Unidos. “Se os EUA insistirem em travar uma guerra tarifária e comercial, a China lutará até o fim”, declarou. Ele também afirmou que o direito do povo chinês ao desenvolvimento é inegociável, e classificou as tarifas como atos de pressão extrema e intimidação.

A escalada nas tensões comerciais reacende preocupações sobre os impactos para a cadeia global de suprimentos e para os consumidores, que podem começar a sentir os efeitos nas prateleiras em breve.

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