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Varejo tem alta de 1,4% nas vendas em novembro, diz Cielo

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

O varejo brasileiro registrou crescimento de 1,4%, já descontada a inflação, em novembro de 2024 em comparação ao mesmo mês de 2023, enquanto a receita nominal observada subiu 6,3%, segundo dados da Cielo. A performance foi marcada por uma Black Friday forte e impactos pontuais, como o feriado nacional do Dia da Consciência Negra.

Os resultados expressivos da Black Friday foram especialmente nos macrossetores de serviços e bens não duráveis. O primeiro apresentou alta de 4,6% no faturamento, com destaque para o segmento de turismo e transporte. Já em bens não duráveis, o setor de drogarias e farmácias liderou a alta com uma variação positiva significativa.

Por outro lado, o macrossetor de bens duráveis e semiduráveis teve queda de 0,9% no faturamento, sendo o segmento de materiais para construção o mais afetado. Um fator que limitou um crescimento ainda maior do varejo foi a redução de dias úteis em novembro de 2024, que teve um dia útil a menos em relação ao mesmo período de 2023.

Mesmo assim, a Black Friday manteve seu papel como um importante motor de vendas no mês, com resultados superiores aos do ano anterior. Além disso, a celebração do feriado do Dia da Consciência Negra em âmbito nacional pela primeira vez contribuiu para o desempenho do setor de recreação e lazer, que registrou alta no período.

Desempenho do e-commerce

No comércio eletrônico, as vendas cresceram 6,0% em termos nominais, enquanto as vendas presenciais tiveram uma alta ligeiramente maior, de 6,4% em comparação com novembro de 2023. Em relação à inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE, apresentou alta de 0,62% no mês.

Este aumento foi influenciado principalmente pelos preços de alimentos para consumo domiciliar e pelas passagens aéreas. No acumulado de 12 meses até novembro, a inflação do varejo ampliado, ponderada pelo ICVA, alcançou 4,9%.

Regiões com melhores resultados

Geograficamente, as regiões brasileiras apresentaram desempenhos variados. Segundo o ICVA deflacionado e ajustado por calendário, o Sul registrou o maior crescimento (4,1%), em seguida:

  • Sudeste (1,4%)
  • Nordeste (0,3%)

Já o Norte (-0,9%) e Centro-Oeste (-2,2%) tiveram retração. Enquanto pelo ICVA nominal, que não desconta a inflação, o Sul também liderou com alta de 9,1%, seguido por Sudeste (6,3%), Nordeste (5,6%), Norte (5,6%) e Centro-Oeste (4,1%).