De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (APAS), as vendas nos supermercados brasileiros estão se estabilizando. Após um aumento significativo de compras no setor nos primeiros 10 dias da crise provocada pelo coronavírus, os números voltam aos patamares anteriores, apresentando, inclusive, queda em alguns dias da semana. Na grande São Paulo, as vendas caíram 11% no domingo e segunda-feira (11 e 12 de abril), enquanto no interior a retração foi de 19%.
Na semana anterior à Páscoa, no entanto, houve crescimento de vendas em 45, 1%. Com a estabilização vista após a data, o movimento nos estabelecimentos físicos volta a diminuir. Com a diminuição das compras, os estoques e preços tendem a se normalizar.
O gráfico abaixo mostra a relação de movimento nos supermercados por semana:
Vendas de Páscoa em supermercados e no e-commerce
A APAS projetava que as vendas em supermercados sofreriam uma queda de 8,5% em São Paulo em relação ao ano passado. A queda, porém, foi menor do que a esperada, em apenas 3,7%. Simultaneamente, foi percebido pelo levantamento da Ebit/Nielsen um aumento considerável de vendas relacionadas à Páscoa no comércio eletrônico, mostrando que os consumidores buscaram alternativas de consumo online para a data. O e-commerce faturou 377% a mais em 2020 do que durante a Páscoa do ano passado.
A pesquisa mostra ainda que, desde o começo da quarentena, o período pré Páscoa teve o menor crescimento de novos consumidores no ambiente online. Dessa forma, assim como a normalização no consumo dos estabelecimentos físicos, os brasileiros estão se acostumando às novas imposições e formatos de compra disponíveis durante o isolamento, chegando a uma estabilização da situação para alguns setores.
A Grande São Paulo, Baixada Santista e regiões de Bauru, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Vale do Paraíba e Araçatuba registraram melhoras nas projeções anteriores da APAS. A projeção é baseada em itens com vendas típicas para esta época do ano, e inclui bombons, ovos, barras e tabletes de chocolate, refrigerantes, cerveja, vinho e peixes.
O gráfico abaixo mostra o impacto no movimento dos supermercados por região:
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