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Vendas da Delivery Hero disparam com coronavírus

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A Delivery Hero, empresa com sede em Berlim que administra plataformas para entrega de alimentos em 44 países, informou na terça-feira (28) que suas vendas subiram 92%, para 515 milhões de euros. Embora tenha sofrido um efeito negativo inicial do coronavírus, a empresa disse que adicionou 10% mais novos clientes desde o início de março.

A companhia espera que a pandemia tenha impacto de longo prazo nos hábitos de compra de alimentos, observando que atraiu mais clientes mais velhos menos inclinados a fazerem pedidos de entrega de comida em casa.”A Delivery Hero está tendo uma ‘boa crise’”, disseram os analistas da Jefferies, Giles Thorne e Sebastian Patulea.

A Delivery Hero teve alta de 26% nos pedidos e o triplo de novos clientes em março para entrega ultrarrápida de mantimentos e produtos farmacêuticos a partir de seus 100 armazéns locais em nove países, principalmente no Oriente Médio, Ásia e América Latina.

A empresa pretende expandir o serviço para ter 400 armazéns até o fim do ano, com os negócios crescendo um dígito alto até o final do ano, disse o presidente-executivo Niklas Ostberg à Reuters.

“Estamos apenas no começo disso. Acreditamos que podemos aumentar isso para bilhões (de euros) ou dezenas de bilhões nos próximos cinco a 10 anos”, disse ele.

Presença forte

A Delivery Hero trabalha com mais de 500 mil restaurantes na Europa, Oriente Médio, América Latina e Ásia. A empresa adicionou 50 mil novos restaurantes à plataforma nas últimas três semanas de março, além de 1.500 supermercados e farmácias.

A empresa confirmou previsão de receita para 2020 entre 2,4 bilhões e 2,6 bilhões de euros, afirmando que será capaz de absorver custos mais altos devido à pandemia, principalmente no Oriente Médio, onde houve rigorosos toques de recolher.

Outros custos incluem o lançamento de um fundo de apoio aos entregadores, distribuição de máscaras faciais e higienizadores, marketing adicional e entrega gratuita para restaurantes locais, disse Ostberg a jornalistas.

A empresa também confirmou perspectiva de margem de lucro ajustada negativa de 14% e 18% e ficar no azul nas operações na Europa em 2020.

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As informações são da Reuters