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Vendas no varejo ficam estáveis em maio, informa Cielo

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

Conforme o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), o faturamento do varejo ficou estável no mês de maio, com 0,0%, descontada a inflação, comparado ao mesmo mês de 2023. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista e embutem a inflação, houve uma alta de 4,0%.

Homem negro usando moletom cinza está parado em meio a um corredor de supermercado escolhendo o que vai comprar da prateleira.
(Imagem: Freepik)

Com o desconto da inflação, dá para considerar uma alta de +2,5% no macrossetor de bens não duráveis, com destaque para os segmentos de supermercados e hipermercados; cosméticos; e varejo alimentício especializado.

As quedas de 5,1% e 1,7%, foram registradas nos macrossetores de serviços e bens duráveis e semiduráveis, respectivamente. O resultado negativo de serviços foi impactado principalmente pelo turismo e transporte. No macrossetor de bens duráveis, a retração foi sentida em vestuário e artigos esportivos.

“O Dia das Mães representou um alento para o varejo no mês de maio. Setores presenteáveis, como óticas e joalherias, tiveram desempenho acima da média. O segmento de móveis, eletro e departamento seguiu na mesma direção e ajudou o comércio de maneira geral a não registrar variação negativa”, afirma Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.

Gráfico indicando os níveis do ICVA de maio.
(Imagem: Cielo/Reprodução)

E-commerce e vendas presenciais

Em termos nominais, ou seja, os que refletem a receita observada pelo varejista, em maio, o e-commerce cresceu 5,8% no país. As vendas presenciais cresceram 3,6% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O Rio Grande do Sul

Apesar do impacto das enchentes, o varejo na região tem se recuperado gradualmente e cresceu 4,7% em maio, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Em termos nominais, a alta foi de 8,6%. Para Alves, a compra de produtos essenciais encontrados em supermercados, postos de gasolinas e farmácias foi um dos fatores responsáveis.

O executivo também lembrou que o governo federal divulgou medidas de auxílio financeiro para a população do estado, como saque antecipado do FGTS, antecipação do Bolsa Família, restituição do imposto de renda e liberação de duas parcelas antecipadas do seguro-desemprego. “Essas medidas podem ter contribuído para o crescimento do comércio no estado ao longo do mês de maio”, disse.

Previsão para os próximos meses

A IBEVAR – FIA Business School, fez uma previsão de crescimento para o varejo restrito, com exceção de veículos e materiais de construção, no período junho-agosto é o crescimento de 0,5%. O ampliado, que considera esses segmentos excluídos, a estimativa é 1,1% de expansão. Além disso, também é esperada uma evolução positiva para quase todos os segmentos.

A estabilidade é projetada para três ramos: material de escritório, combustíveis e alimentos. Para os demais é esperado um crescimento discreto:

  • Artigos de uso pessoal (4,9%);
  • Tecidos e vestuário (4,5%);
  • Veículos e autopeças (4,2%);
  • Material de construção (3,0%);
  • Móveis e eletrodomésticos (1,8%);
  • Artigos farmacêuticos (1,1%);
  • Livros e papelaria (0,1%).