Pelo terceiro mês consecutivo, o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo mostrou um volume de vendas negativo para o setor no Brasil. Em referência a maio, dados da pesquisa realizada em conjunto com o Instituto Propague apontam queda de 0,3%.
De acordo com Matheus Calvelli, responsável pelo Índice Stone, não há previsões certeiras para o varejo brasileiro nos próximos meses. Com o equilíbrio entre desempenhos bons e ruins até o momento, o especialista afirma que não é possível citar tendências no momento.
“Diante desses resultados, sobretudo no comparativo mensal, o viés de baixa se torna mais claro no nosso relatório, com o terceiro mês consecutivo de pequenas quedas. Mesmo assim, quando olhamos para o cenário regional e segmentado, com resultados oscilando entre altas e baixas nos últimos meses, há maior incerteza nesta trajetória”, explica.
Segmentos
Apenas uma das seis categorias presentes na pesquisa apresentou alta no volume de vendas em maio: hiper e supermercados, produtos alimentícios e fumo (5,6%). No restante, só houve retrações. Veja:
Materiais de construção (6,2%);
Artigos farmacêuticos (4,3%);
Móveis e eletrodomésticos (2,2%);
Tecidos vestuários e calçados (1,9%);
Livros, jornais, revistas e papelaria (1,5%).
Recorte regional
Nos destaques separados por estado, no entanto, a variação positiva atingiu mais estados (16) do que a negativa (10). Os números são:
- Maranhão (5,8%);
- Amazonas (5,0%);
- Mato Grosso do Sul (4,8%);
- Pará (4,7%);
- Roraima (4,3%);
- Piauí (3,6%);
- Goiás (2,5%);
- Minas Gerais (1,7%);
- Rio Grande do Norte (1,6%);
- Pernambuco (1,5%);
- São Paulo (1%);
- Paraíba (1%);
- Mato Grosso (0,9%);
- Distrito Federal (0,8%);
- Acre (0,4%);
- Ceará (0,2%).
O Distrito Federal também apresentou alta (0,8%) e a Bahia permaneceu estável (0,0%).
As regiões com resultados negativos foram:
- Rondônia (12,2%);
- Alagoas (4,9%);
- Amapá (4,2%);
- Espírito Santo (2%);
- Tocantins (1,8%);
- Rio Grande do Sul (1,1%);
- Paraná (0,7%);
- Sergipe (0,5%);
- Santa Catarina (0,3%);
- Rio de Janeiro (0,1%).
“No estado do Rio Grande do Sul, apesar da catástrofe das enchentes, notamos uma queda de apenas 1,1%, em maio. Este movimento é explicado pelo peso alto de segmentos de necessidade básica dentro do estado, como ‘Produtos Alimentícios’ e ‘Artigos Farmacêuticos’, que após o choque do mês anterior, apresentaram forte alta durante o mês e sustentaram o resultado do comércio do estado. Não obstante, é importante notar que isso se refere ao recorte de comércio restrito do índice e não representa a situação do estado como um todo. Outros setores, como serviços, por exemplo, foram afetados de forma expressivamente diferente”, conclui Calvelli.
Consulte a pesquisa completa no Dashboard Stone Varejo.