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Volume de vendas retrai no varejo em maio, mostra Índice Stone

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

Pelo terceiro mês consecutivo, o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo mostrou um volume de vendas negativo para o setor no Brasil. Em referência a maio, dados da pesquisa realizada em conjunto com o Instituto Propague apontam queda de 0,3%.

Na análise anual, o varejo brasileiro também apresenta muita variação, mas ainda com índices positivos em relação a 2023 (Fonte: Dashboard Stone Varejo)

De acordo com Matheus Calvelli, responsável pelo Índice Stone, não há previsões certeiras para o varejo brasileiro nos próximos meses. Com o equilíbrio entre desempenhos bons e ruins até o momento, o especialista afirma que não é possível citar tendências no momento.

“Diante desses resultados, sobretudo no comparativo mensal, o viés de baixa se torna mais claro no nosso relatório, com o terceiro mês consecutivo de pequenas quedas. Mesmo assim, quando olhamos para o cenário regional e segmentado, com resultados oscilando entre altas e baixas nos últimos meses, há maior incerteza nesta trajetória”, explica.

Por outra ótica, no recorte mensal, as altas e quedas são ainda maiores, com os índices de 2024 em tendência mais negativa desde março (Fonte: Dashboard Stone Varejo)

Segmentos

Apenas uma das seis categorias presentes na pesquisa apresentou alta no volume de vendas em maio: hiper e supermercados, produtos alimentícios e fumo (5,6%). No restante, só houve retrações. Veja:

Materiais de construção (6,2%);
Artigos farmacêuticos (4,3%);
Móveis e eletrodomésticos (2,2%);
Tecidos vestuários e calçados (1,9%);
Livros, jornais, revistas e papelaria (1,5%).

Recorte regional

Nos destaques separados por estado, no entanto, a variação positiva atingiu mais estados (16) do que a negativa (10). Os números são:

  • Maranhão (5,8%);
  • Amazonas (5,0%);
  • Mato Grosso do Sul (4,8%);
  • Pará (4,7%);
  • Roraima (4,3%);
  • Piauí (3,6%);
  • Goiás (2,5%);
  • Minas Gerais (1,7%);
  • Rio Grande do Norte (1,6%);
  • Pernambuco (1,5%);
  • São Paulo (1%);
  • Paraíba (1%);
  • Mato Grosso (0,9%);
  • Distrito Federal (0,8%);
  • Acre (0,4%);
  • Ceará (0,2%).

O Distrito Federal também apresentou alta (0,8%) e a Bahia permaneceu estável (0,0%).

As regiões com resultados negativos foram:

  • Rondônia (12,2%);
  • Alagoas (4,9%);
  • Amapá (4,2%);
  • Espírito Santo (2%);
  • Tocantins (1,8%);
  • Rio Grande do Sul (1,1%);
  • Paraná (0,7%);
  • Sergipe (0,5%);
  • Santa Catarina (0,3%);
  • Rio de Janeiro (0,1%).

“No estado do Rio Grande do Sul, apesar da catástrofe das enchentes, notamos uma queda de apenas 1,1%, em maio. Este movimento é explicado pelo peso alto de segmentos de necessidade básica dentro do estado, como ‘Produtos Alimentícios’ e ‘Artigos Farmacêuticos’, que após o choque do mês anterior, apresentaram forte alta durante o mês e sustentaram o resultado do comércio do estado. Não obstante, é importante notar que isso se refere ao recorte de comércio restrito do índice e não representa a situação do estado como um todo. Outros setores, como serviços, por exemplo, foram afetados de forma expressivamente diferente”, conclui Calvelli.

Consulte a pesquisa completa no Dashboard Stone Varejo.