Com o crescimento gradativo do comércio eletrônico, garantir um ambiente virtual à prova de vazamento de dados, fraudes e outros crimes virtuais é cada vez mais importante. Segundo uma pesquisa recente do Chief Marketing Officer Council’s Report, 6 de cada 10 líderes de marketing acreditam que a demanda mais crítica do cliente atual é privacidade e responsabilidade com os dados. Há três anos, o e-commerce representava cerca de 10% das vendas globais no varejo. No ano passado, esse número foi para 14%. A previsão era de 16% para 2020, mas com o fechamento das lojas físicas devido à pandemia, espera-se que esse número seja muito maior.
Principais ameaças ao comércio digital
Maiores movimentações de dados pessoais, senhas, pagamentos e acessos têm chamado a atenção de hackers e fraudadores neste período de isolamento social. Isso abre portas para ataques cada vez mais sofisticados e representa um verdadeiro desafio para as varejistas virtuais. Segundo pesquisa da Akamai, hackers direcionaram mais de 10 bilhões de tentativas de abuso de credenciais em sites de varejo em 2018, e esse número tende a crescer cada vez mais.
Um exemplo disso são os ataques Magecart, que atuam com scripts inseridos nos objetos de parceiros dentro de um site. No caso dos e-commerces, podem ser as aplicações de pagamentos, comparações de preços, entre outros. Por meio desses ataques, são roubados dados pessoais e financeiros que levam a perdas milionárias todos os anos. De acordo com um levantamento da Akamai, atualmente cerca de 70% dos sites utilizam esse tipo de integração.
Outra possibilidade são os ataques do tipo DDoS. Eles sobrecarregam os servidores do website com milhares de solicitações simultâneas e levam à queda do website da loja, impedindo as vendas.
Estes crimes virtuais têm impacto preocupante na rentabilidade dos e-commerces. Uma pesquisa do Serasa, no ano de 2018, mostrou que 72% dos negócios online no Brasil tiveram seu faturamento impactado pelas fraudes online.
Veja cinco dicas importantes para proteger seu e-commerce contra ataques online:
1 – Proteja os dados cadastrais de seus clientes
As sanções da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) poderão ser aplicadas a partir de agosto de 2021. Isso trará desafios para as empresas brasileiras que lidam com informações de seus usuários, de forma que possam ser responsabilizadas por vazamentos e uso indevido dessas informações. Para oferecer um serviço confiável e seguro aos clientes na internet, investir e formar uma equipe especializada no compliance à LGPD é o primeiro passo. A forma de captação de dados dos usuários deve ser revista. E o mesmo vale para como são tratados internamente e como são protegidos pela empresa. Outra obrigatoriedade será criar protocolos de consentimento e a possibilidade de excluir dados dos usuário do banco de informações via solicitação.
2 – Certifique-se da segurança dos processos e sistemas de pagamentos
Com cada vez mais integrações entre as lojas virtuais, parceiros de pagamentos digitais e emissões de boleto, tem se feito necessário aumentar a segurança destes processos. Os ataques do tipo Magecart, por exemplo, podem ser mitigados com ferramentas simples de segurança virtual — o que pode economizar milhares de reais em fraudes.
3 – Mantenha a performance dos acessos e da navegação do cliente
O novo consumidor é conectado, sofisticado e exigente. Pesquisas indicam que empresas que pensam estrategicamente na experiência dos usuários aumentaram suas receitas em até 37%. Além disso, a Microsoft e o Google descobriram que mesmo pequenos atrasos nas respostas do site (menos de 500 milissegundos) podem ter impacto negativo para sites de qualquer segmento — nos e-commerces, em que o objetivo é converter vendas, isso é crucial.
4 – Melhore a experiência do cliente
Oferecer uma melhor experiência para os usuários é importante em todas as etapas da jornada de compra. Isso vai desde a pesquisa de produtos, comparação de preços, cadastro e login, até o pagamento. Por meio de estudo do comportamento dos usuários do site, é possível mapear áreas problemáticas e fazer melhorias contínuas. Mostrar transparência sobre o uso dos dados e as medidas para melhoria da segurança também é algo valioso para os clientes, o que pode levar à criação de uma relação de confiança com o negócio.
5 – Pesquise vulnerabilidades do ambiente
Seu e-commerce, apesar do bom funcionamento, design moderno e grande número de acessos, pode apresentar vulnerabilidades estruturais que facilitam a ocorrência de crimes virtuais. É necessário conhecer e identificar os crimes mais comuns e como eles afetam seu negócio para, finalmente, agir de modo efetivo e preventivo. É nesse ponto que encontrará soluções que ajudam a eliminar brechas de segurança e minimizar o impacto das fraudes online no seu e-commerce. Lembrando que contar com uma empresa especializada em segurança digital pode fazer com que os resultados sejam mais eficazes.
Programas e softwares disponíveis no mercado podem contribuir para promover maior segurança de dados para os usuários das empresas. Mas a segurança de dados vai muito além disso. É fundamental se manter atento a qualquer eventual mudança inesperada no site e nas legislações em vigor. Para isso, é necessário uma consultoria especializada que possa acompanhar sua marca e clientes 24/7.