Logo E-Commerce Brasil

Seu negócio está a um algoritmo de mudar no mercado

Por: Álvaro Souza

Executivo de Marketing, Vendas e Inovação, com mais de 20 anos de experiência em atuar no crescimento de empresas desenvolvendo modelos inovadores. Já atuou em multinacionais como Volkswagen e Jeep, e hoje está como Head de Growth no Reclame AQUI e RA Trustvox responsável direto pelo crescimento de receita da empresa e dos parceiros.

Você sabe por que nem todos os seus seguidores do Instagram conseguem ver 100% das postagens da sua marca? Pois saiba que é por causa dos algoritmos das redes sociais. Eles são compostos por um conjunto de regras e operações que determinam quais publicações são mais relevantes para cada usuário.

Como estamos em plena economia da atenção – onde o tempo do consumidor é considerado como uma mercadoria escassa e preciosa -, é necessário ajustar os conteúdos para manter a sua marca atrativa. E entender como funcionam os algoritmos das redes sociais é fundamental nesse contexto para aumentar o alcance das suas publicações.

Quer entender melhor como funcionam esses algoritmos e como usá-los a seu favor? Continue a leitura que explicamos tudo neste artigo!

Como funcionam os algoritmos das redes sociais?

A primeira coisa que você precisa saber é: assim como o Google traz atualizações em seu algoritmo para melhorar a experiência do usuário, as redes sociais também enfrentam mudanças de tempos em tempos. Além disso, cada mídia tem suas próprias regras para exibir os conteúdos. A seguir, vamos explicar como funcionam os algoritmos das principais redes sociais.

Facebook

O Facebook foi a primeira rede social a usar algoritmos para ranquear os posts e priorizar conteúdos de interesse do usuário. Veja só quais são os principais critérios para categorização:

  • relacionamento: postagens de amigos e familiares ou de páginas com que o consumidor costuma interagir são priorizadas. Isto é, o Facebook considera o autor da postagem para decidir se exibe o post na timeline ou não;
  • engajamento: quanto mais curtidas, compartilhamentos, comentários e cliques em links, melhor será a entrega do conteúdo. O algoritmo ainda analisa o engajamento da rede de amigos para decidir se aquele conteúdo pode ser relevante para determinado usuário;
  • formato: a rede social costuma privilegiar conteúdos com imagens e vídeos, em vez daqueles famosos textões no Facebook;
  • potencial de engajamento: o algoritmo entende as preferências do usuário para entregar conteúdos mais alinhados. Se você tem o hábito de curtir, comentar e compartilhar vídeos de gatinhos, por exemplo, a rede social vai exibir cada vez mais esse tipo de conteúdo na sua timeline.

Instagram

Quem já usava o Instagram lá em 2010 lembra muito bem do feed em ordem cronológica, não é mesmo? Pois bem, naquela época, não existiam algoritmos.

No entanto, em 2016, a rede social passou a considerar uma série de fatores para compreender os gostos dos usuários e entregar conteúdos mais alinhados aos seus interesses. Entre eles estão:

  • temporalidade: postagens mais recentes costumam ser privilegiadas;
  • engajamento: a lógica aqui é bem parecida com a do Facebook. Quanto melhor for engajamento (curtidas, comentários e publicações salvas), mais o Instagram entende que o conteúdo é relevante e o prioriza no feed;
  • relacionamento: você já percebeu que as postagens de influenciadores ou familiares com que você mais interage aparecem primeiro? Pois bem, a rede social leva em conta o relacionamento para exibir as publicações. Sendo assim, as contas com que o usuário mais engaja ganham vantagem perante outros perfis.

Twitter

Provavelmente, a rede social terá algumas mudanças no algoritmo devido à entrada de Elon Musk na jogada. Afinal de contas, o empresário comprou a rede social por US$ 44 bilhões e prometeu desbloquear o Twitter, tornado os algoritmos de código aberto.

De toda forma, um dos fatores com maior peso na classificação das postagens é a cronologia reversa. Isso porque o Twitter é uma espécie de blog pessoal com publicações bem curtas para a comunicação em tempo real. Então, é de se esperar que os tweets sejam exibidos em ordem cronológica, não é mesmo? Veja só mais alguns elementos importantes:

  • tweets ranqueados: o algoritmo exibe os tweets com maior potencial de engajamento com base nos posts de destaque, interesses e comportamento do usuário;
  • caso você tenha perdido: são exibidos nessa seção os tweets considerados relevantes pelo algoritmo e que não foram vistos pelo usuário;
  • timeline: nesse campo aparecem todos os tweets em ordem cronológica inversa. Isto é, das publicações mais novas para as mais antigas.

YouTube

O YouTube também trabalha com algoritmos para exibir vídeos alinhados com as preferências de cada usuário. Os principais fatores de ranqueamento são:

  • palavra-chave: ao fazer uma pesquisa, a rede social ranqueia os resultados com base no título do vídeo, palavra-chave e descrições. É por isso que o SEO tem ganhado relevância no YouTube;
  • histórico de atividades: é só assistir a um vídeo aleatório para a rede social exibir vários conteúdos parecidos, não é mesmo? Com base no tempo dedicado a cada vídeo, inscrições, canais mais assistidos, histórico de plays, likes e deslikes, o YouTube seleciona e exibe os conteúdos semelhantes que podem agradar o usuário;
  • frequência de upload: a rede social costuma recomendar vídeos de canais comprometidos em produzir conteúdos de forma consistente.

LinkedIn

A rede social voltada para relacionamentos profissionais é ainda mais voltada para a qualidade das postagens. Afinal de contas, nesse meio, as pessoas querem consumir conteúdos mais ricos, concorda? Sendo assim, os seguintes pontos são considerados para categorizar os posts:

  • avaliação do conteúdo: o algoritmo analisa o conteúdo e categoriza automaticamente em “spam”, “baixa qualidade” ou “boa qualidade”. Os conteúdos classificados como bons são priorizados;
  • engajamento: logo nos primeiros minutos de publicação, a rede social mensura o engajamento. Se for alto, a rede social melhora o ranqueamento da postagem;
  • autenticidade: contas fakes não têm vez no LinkedIn. Quando o post tem um bom engajamento, a rede social faz uma espécie de auditoria na conta do autor e das pessoas que engajaram para saber se são autênticas;
  • nível do perfil: quem tem o perfil todo preenchido costuma ter o conteúdo melhor avaliado e, por consequência, tem um maior potencial de exibição;
  • conexões: as atividades das conexões do usuário costumam ser priorizadas no feed;
  • profissão e empresa: a rede social privilegia conteúdos relacionados com a área de atuação e com o local de trabalho do usuário.

Como se adaptar às mudanças contínuas do algoritmo?

Não tem jeito: tem que ficar de olho nas atualizações e aperfeiçoar os conteúdos. Há pouco tempo, os vídeos longos eram sucesso. Com a chegada do TikTok na era da economia da atenção, os conteúdos rápidos estão ganhando cada vez mais espaço. Uma prova disso foi que o próprio YouTube lançou a funcionalidade “shorts” para acompanhar a tendência.

Outro fator que merece atenção é a estratégia omnichannel. Não dá para negar que a empresa precisa marcar presença nas redes sociais preferenciais do público e adaptar os conteúdos de acordo com as exigências de cada rede. Mesmo assim, é fundamental ter uma unidade nos discursos e atuar de forma integrada com todos os canais de vendas e comunicação, inclusive offline.

Além de melhorar a experiência do consumidor, essa integração permite a coleta de dados para identificar mudanças no comportamento do consumidor e tendências de consumo. Daí, fica mais fácil prever as mudanças nos algoritmos.

Em resumo: entender como funcionam os algoritmos das redes sociais é fundamental para criar conteúdos com maior potencial de engajamento. Dessa forma, é possível aumentar o alcance das postagens, chamar a atenção dos consumidores e, claro, vender mais!

Leia também: O algoritmo e o fulfillment dos marketplaces