Todo mundo sabe o que as mulheres mais gostam de fazer: conversar, ir às compras, cuidar das pessoas que amam (especialmente dos filhos e do marido, e de quebra também de algum pet), trabalhar, cuidar da beleza, se informar sobre as últimas novidades da moda, da cosmética e da decoração, se atualizar sobre sua profissão, manter tudo em ordem em seus lares, entre tantos outros interesses. Isso só para listar alguns dos assuntos, digamos assim, mais básicos. As mulheres se acostumaram a ser múltiplas, não se sabe ao certo se devido à própria natureza ou forçadas pela necessidade do dia a dia. São tantos papéis a cumprir e há uma cobrança interna muito grande para que todos sejam feitos à perfeição.
A boa notícia é que nos últimos anos o contingente feminino ganhou aliados de peso que contribuíram, se não para aliviar seu fardo, ao menos, para otimizar seu tempo. Um estudo feito no ano passado pela Nielsen mostrou que mais da metade das mulheres, tanto nos países desenvolvidos (56%), quanto nos emergentes (71%), declararam que o computador, os aparelhos celulares e os smartphones mudaram suas vidas para melhor. A internet e as redes sociais, em particular, passaram a ser parte fundamental da sua rotina, principalmente em mercados desenvolvidos, sendo que entre 65% e 70% das usuárias ativas têm mais de 18 anos de idade.
Outro estudo, também feito no ano passado pelo comScore, mostrou que especificamente no Brasil, o uso da internet está concentrado em quatro categorias principais: mensagens instantâneas, redes sociais, e-mail e entretenimento. Juntas, essas categorias respondem por 60% do tempo on-line feminino e por 53% do tempo on-line masculino. Em uma comparação global, as mesmas categorias correspondem a apenas 46% (mulheres) e a 41% (homens). Não há dúvida de que os canais virtuais facilitaram (e muito) o contato com familiares, amigos, colegas de escola e de profissão. Para saber o que está acontecendo com essas pessoas, ao invés de longas conversas ao telefone, uma rápida olhada no Facebook, no Orkut, no Twitter ou mesmo no e-mail, já coloca muita coisa em dia em questão de minutos.
As compras do supermercado, da farmácia, de artigos para o lar, de maquiagem, perfumes, roupas e sapatos agora podem ser feitas com apenas alguns cliques, isso depois de uma rápida pesquisa digital para garimpar os melhores preços, ofertas e boas oportunidades. E o que não dizer dos blogs. São verdadeiros aliados para todo tipo de assunto e para mulheres de todas as faixas etárias. Qual é a última tendência em esmaltes? Os blogs loucasporesmalte.com.br, nosamamosesmaltes.com, e tudosobreesmaltes.com são apenas alguns dos exemplos que permitem saber o que há de novo nesse universo. Mãe de primeira viagem? Entre no blog dafertilidadeamaternidade.blogspot.com.br ou no desabafodemae.blogspot.com e veja todas as dicas de como perder peso depois do parto, sobre amamentação, como cuidar de seu bebê no inverno e tantos outros conselhos. Sobre esse tema, há inúmeros outros que podem ser achados com o auxílio dos buscadores. Isso sem falar nos inúmeros aplicativos que surgem todo momento, tanto voltados para o entretenimento como para poupar tempo por agilizar algumas dessas atividades do dia a dia.
Se o interesse não é sobre a vida pessoal ou entretenimento, mas sobre carreira, profissão e negócios, o menú também é farto e variado. Com as opções disponíveis, é possível aprender desde a elaborar um bom currículo, até encontrar um emprego e ainda saber como se vestir e se comportar de acordo com a área de atuação escolhida. Para as que já são profissionais e para as empreendedoras, um bom exemplo é o grupo Mulheres de Negócios do LinkedIn. Criado há pouco mais de três anos, ele já conta com mais de 4.400 participantes sendo que 58% delas estãoem São Pauloe pertencem aos mais variados segmentos, como Vendas, Consultoria, Administração, Marketing, Educação, Tecnologia da Informação, Jornalismo e Recursos Humanos. Além da troca de informações relacionadas a trabalho e carreira, esse ambiente digital já rendeu inclusive a realização de negócios entre as suas filiadas.
De fato, a internet e as mídias sociais parecem ter sido criadas ‘sob medida’ para as mulheres, por serem tão múltiplas quanto elas, valorizando a comunicação, o conhecimento e a interação entre as pessoas. E tudo isso sem jamais perder o pique nem o charme.
*Artigo escrito para o Blog Changemakers da Ashoka.