Na prática, as collabs são o novo branding e provavelmente a nova tendência no e-commerce, em que as empresas consolidam a colaboração como mais uma estratégia para marcas que querem crescer, mas, na verdade, querem inovar. Para um executivo de nível C, essas colaborações são vistas como oportunidades de marketing, mas, sob a mesma ótica, essas parcerias com outra empresa representam apenas alavancas estratégicas para impulsionar receitas.
Principais vantagens das alianças empresariais
1. Expansão de mercado e penetração de novos nichos
Algumas das maiores vantagens tangíveis das collabs são as formas como elas podem ajudar uma marca a acelerar sua entrada em novos mercados. Quando duas marcas se unem, torna-se mais fácil para elas aproveitar a base existente de clientes uma da outra, o que, de outra forma, significaria menos tempo e dinheiro gastos na aquisição de novos clientes.
Estudos de mercado recentes mostram que, por meio do uso de collabs, as empresas podem alcançar um aumento de penetração de mercado de até 30% em comparação com os esforços de marketing convencionais.
Para as empresas, isso significa a capacidade de crescer em novas fontes de receita com um investimento mínimo em pesquisa e desenvolvimento, ou até mesmo em esforços de go-to-market.
2. Inovação acelerada e desenvolvimento de produtos
O software colaborativo é basicamente uma plataforma aberta para inovação ágil, em que uma empresa une sua expertise para criar algo maior do que a soma das partes.
As colaborações recentes de Carmed e Fini ilustram como uma estratégia de colaboração pode trazer ao mercado produtos inovadores e de alto impacto. Essa parceria levará a um crescimento exponencial nas vendas de dois paradigmas: farmacêutico e alimentício. Assim, esse tipo de parceria pode abrir novas e criativas rotas para o desenvolvimento de produtos.
Especialmente para líderes empresariais, isso pode representar uma vantagem competitiva, considerando que o ciclo de desenvolvimento de novos produtos é mais curto nas collabs, e os riscos financeiros podem ser divididos entre as empresas parceiras.
3. Otimização de recursos e redução de custos operacionais
Outros benefícios estratégicos das collabs seriam a otimização de custos e o uso de recursos. As empresas compartilham infraestrutura, expertise e redes de distribuição. Assim, os custos operacionais reduzidos se tornam muito maiores se novos produtos ou campanhas de marketing forem desenvolvidos de forma independente. Isso leva a melhores retornos em iniciativas de inovação.
Por exemplo, em uma campanha colaborativa, os custos de mídia paga e criação de conteúdo diminuem em até 40%, já que o esforço é dividido entre as marcas participantes. Isso oferece aos executivos de nível C a flexibilidade de extrair valor dos recursos para a vantagem da empresa, com o crescimento escalando de forma sustentável.
Exemplos de colaborações que reescrevem as regras do mercado
Executivos das maiores marcas globais aproveitaram essas parcerias, ampliando o que grandes marcas podem oferecer e reforçando sua presença nos mercados de luxo ou de consumo em massa. A recente colaboração entre Adidas e Gucci reúne uma linha de produtos que mistura o streetwear da Adidas com a sofisticação da Gucci, em mais um exercício de novo valor atribuído.
Outro caso de sucesso é a parceria entre O Boticário e Bubbaloo, que resultou na criação de produtos de cuidados corporais com aroma inspirado no famoso chiclete.
O papel das collabs na estratégia de longo prazo
As empresas que buscam crescimento sustentável veem isso não como um truque de marketing, mas como uma “ferramenta” para alcançar metas de longo prazo: entrada em novos mercados, diferenciação dos rivais e inovação contínua. Mais importante ainda, essas colaborações tendem a se desenvolver em motores de crescimento no longo prazo, especialmente ao dar mais e mais força à autenticidade e ao engajamento com os públicos-alvo em um cenário de consumo cada vez mais saturado e competitivo.
O investimento estratégico em colaborações no e-commerce é uma oportunidade sábia para o ano de 2024. Ele deve focar não apenas nos benefícios derivados da colaboração, mas também no engajamento cultural e estratégico das marcas. Os executivos de alto nível precisam garantir que as collabs escolhidas estejam alinhadas com os objetivos corporativos, sejam direcionadas para maximizar o ROI e, ao mesmo tempo, assegurem autenticidade e inovação no centro das estratégias de crescimento.