Tecnologia, entrega rápida e uma preocupação genuína com causas sociais, diversidade e sustentabilidade, passaram a agregar um valor maior do que o preço quando o assunto é a Geração Z.
Esta parcela da população que está entre os nascidos de 1995 a 2010 são verdadeiros nativos digitais que, desde cedo, foram expostos à internet, às redes sociais e aos smartphones. Isso produziu uma geração capaz de viver muitas realidades ao mesmo tempo, confortável com muitas fontes de informação e com a integração de experiências virtuais e offline (mesmo que ainda fiquemos surpresos em observar como eles praticamente nascem sabendo mexer em tudo desde pequenos, com um tablet na mão, por exemplo).
Com o aumento de plataformas e novas maneiras de se conectar, as mudanças na geração passaram a desempenhar um papel importante na configuração do comportamento das pessoas. E isso impacta, também, nas empresas. De acordo com a pesquisa da McKinsey, os jovens têm se tornado uma forte influência sobre pessoas de todas as idades e rendas, bem como na forma como consomem e se relacionam com as marcas. Só no Brasil, de acordo com esse mesmo estudo, a Geração Z já representa 20% da população do país (e crescendo!).
Ainda, o levantamento mostrou que esse público valoriza muito mais a expressão individual e a mobilização para uma variedade de causas. Acreditam profundamente na eficácia do diálogo para resolver conflitos e melhorar o mundo. E, finalmente, eles tomam decisões e se relacionam com as instituições de uma forma altamente analítica e pragmática. Ou seja, fazem com que as empresas sejam colocadas à prova e busquem se desenvolver cada vez mais.
Isso impacta diretamente no mercado como um todo. As marcas precisam estar atentas a todas essas mudanças. Principalmente, em pontos específicos: o consumo como acesso, ao invés de posse, compras como forma de expressar a identidade e uma forma de explicitar os valores de cada indivíduo. Mas como aproximar a marca da Geração Z e de todo o público que ela está influenciando mesmo com toda essa complexidade? Veja algumas dicas que a sua empresa pode seguir para não parar no tempo (e evitar se tornar “Cringe”).
Identifique as tendências de compra do seu público e ofereça ainda mais do que eles querem
Atualmente, um dos principais desafios das empresas é conseguir identificar o rumo que se deve seguir para cativar mais clientes e, consequentemente, converter essa movimentação em receita. Para isso, a análise constante dos dados é fundamental.
Saber o que os novos consumidores estão buscando, onde mais gostam de comprar e por que, qual a comunicação mais assertiva e as tendências de consumo desse público no seu commerce. Tudo isso é possível por meio de ferramentas oferecidas por empresas no mercado. Elas podem fornecer diversos insights para a sua empresa em tempo real, como tudo isso dito acima. E, de quebra, ainda interpretá-los para você entender quase que instantaneamente qual o direcionamento que deve seguir para melhorar as suas conversões. E te garanto que isso pode fazer com que a sua empresa vá para um outro patamar de percepção de dados, gerando maior lucratividade.
Adicionar tecnologias de recomendação baseadas em algoritmos de inteligência artificial fazem com que o consumidor sinta-se “único” e tornam a sua jornada e o carrossel de produtos hiper-personalizados, de forma online e contextualizados com o momento da navegação.
Ter valores muito bem definidos e manter uma comunicação constante com eles ajuda a aproximar os mais jovens
Como falei acima, uma das características da Geração Z é buscar consumir de empresas que se preocupam com os valores alinhados com o que acreditam. Quer um exemplo? Uma pesquisa realizada pela First Insight mostra que esse público supera as gerações anteriores ao priorizar a sustentabilidade como um dos fatores de escolha ao consumir um produto. Além disso, 73% dos entrevistados pelo levantamento estão dispostos a pagar um preço 10% superior em produtos sustentáveis.
É uma geração que está trazendo uma revolução ao mercado e ditando modelos de negócio. Ou seja, tem mostrado às empresas que o “cringe” é não prezar pelo conceito de sustentabilidade e outros valores importantes. E, principalmente, não seguir as pautas que levanta durante o ano. Por exemplo: não adianta pregar pela sustentabilidade, no caso, e continuar poluindo como antes. Ou até mesmo levantar pautas antirracistas em datas específicas e, em um momento de algum acontecimento pontual importante, não se posicionar. Posso te garantir que isso tudo está sendo contabilizado no “ranking de marcas” desse público mais jovem.
Não seja “boomer” nas redes sociais
O e-commerce foi um dos setores que mais movimentou a economia do país em 2020. E, dentro deste cenário, as redes sociais assumiram um papel fundamental: representar um terço dessas vendas. Só no último ano, as vendas realizadas nas redes sociais foram de 22% para 34%, de acordo com a 6ª edição do estudo Nuvem Commerce, realizada pela Nuvemshop. Neste cenário, o Instagram tem se destacado pela importância na estratégia dos empreendedores. Isso porque a plataforma já corresponde a 87% das vendas, enquanto a loja do Facebook é utilizada por 46%.
Mas, como fazer essa plataforma ser um braço eficaz do seu time de vendas? Tendo um linguagem jovem, antenado nas notícias diárias e nas principais tendências (uma ótima forma para ficar por dentro disso é o Twitter). O boomer digital nada mais é do que aquele usuário que não está por dentro do que está acontecendo e não tem esse hábito digital. E é possível que sua empresa fique longe desse rótulo com algumas ações mais fáceis.
Tom de voz e apoio a causas publicamente; stories no Instagram; participação em novas plataformas como o TikTok (que hoje é uma rede que alcança 1,5 bilhão de usuários mensais, com o foco em jovens adultos, de 16 a 24 anos) e produção de vídeos. Tudo isso são pontos que ajudam a deixar a marca sempre em alta, com um bom engajamento, e querida pelos jovens.
Também é importante buscar essa conexão constante com os consumidores. Seja respondendo comentários, como a Netflix e o Mercado Livre fazem de forma brilhante, atualmente; seja conversando por mensagens diretas com um tom mais leve e buscando solucionar problemas — a Motorola tem mostrado muito isso nas redes sociais; ou, até mesmo, tentar brincar de forma orgânica com postagens de criadores que têm um público predominantemente mais jovem. Aliás, isso é algo que acontece com empresas como Coca Cola, Guaraná, Vigor e muitas outras.
A Geração Z vem buscando a verdade acima de tudo, principalmente nas marcas. Por isso é tão importante se apoiar em soluções de tecnologia que auxiliem as empresas a escutar o feedback de seus clientes. E, claro, que ajudem a fechar o loop com ações que promovam customer experience, empurrando toda a organização em direção ao customer centric.