Uma pesquisa realizada pela Birdie apontou, em 2018, que 80% dos consumidores desistiam do e-commerce por falta de descrição do produto. Após três anos, ainda fico surpreso com a falta de conteúdo para apoiar a decisão de compra dos consumidores.
Sabemos que o conteúdo é importante para o processo de compra, mas o que mais podemos extrair de inteligência nesse contato? Como a interação do nosso consumidor na página de produto pode ajudar a maximizar os nossos resultados de canais de marketing: Mídia, SEO e CRM?
O conteúdo de produto
Quando falamos sobre conteúdo de produto, é necessário seguir a inteligência de SEO para a produção, compreensão de palavras-chave e dúvidas que os consumidores têm e, claro, oferecer uma página de produto que atenda ao que chamamos de “A tríade do conteúdo otimizado”:
1 – Nossa visão sobre o produto
É a visão da nossa marca sobre aquele produto ou serviço e como ele pode transformar o nosso cliente em um “super usuário”. O paralelo aqui é pensarmos como o nosso querido Super Mario: os produtos que ele consome ao longo dos jogos permitem a ele se tornar ainda mais único.
Aqui, ter uma boa quantidade de conteúdo descritivo é extremamente importante, pois é o que deve tornar em um conteúdo único e adaptado ao nosso tom e linguagem.
Este exemplo da Sallve é simplesmente fantástico. A descrição do produto segue o conceito 5W2H (What, Why, Who, Where, When, How, How Much) que é fascinante, mas pensar em conteúdos que atendam às 4 etapas do funil de compras também é um ótimo caminho.
Responda essas sete perguntas, através de conteúdo textual, com imagens de alta qualidade, exemplos de aplicação, vídeos e Gifs. Podem ser mais de 3.000 palavras, o que costuma gerar bons rankings.
Outro ótimo ponto é produzir vídeos exclusivos para os produtos de curva A, aqui o destaque para o exemplo da Kabum, na página do seu Aspirador de Pó Robô. Vídeos aumentam as conversões na página de produto em até 35% de acordo com um estudo da Wistia.
2 – Informação técnica
A informação técnica do produto é necessária para responder a pontos específicos como compatibilidade e requisitos. Aqui, o bom exemplo é como o pessoal da Pichau disponibiliza esses dados. Bem agrupados e de fácil leitura, vale dizer também que o Google não “enxerga” o seu site de uma forma negativa por apresentar esta informação que existem em outros sites, pois ele sabe que essas informações são requisitos.
3 – UCG – Conteúdo gerado pelo usuário
Aqui, deve-se estimular os clientes que já compraram o nosso produto deixem comentários ou, ainda, tirem dúvidas sobre o produto.
Novamente, o ótimo exemplo é a página de produto da Sallve, com mais de 13 mil resenhas sobre o antioxidante.
Criar um destaque com os principais comentários sobre o produto gera mais confiança por parte do cliente e, por consequência, aumenta a taxa de conversão.
Além disso, permitir o envio de imagens ou integração com Instagram também são diferenciais.
A interação com o conteúdo como inteligência para canais
Ao produzirmos o nosso conteúdo de produto para atender às 4 etapas do funil (awareness, consideration, decision e buy) devemos mensurar o processo interativo do nosso consumidor e marcá-lo para adaptar a mensagem nos canais de Remarketing e CRM.
Um cliente interage com uma página de um smartphone Samsung Galaxy A52, no bloco de conteúdo ou nas imagens relacionadas à qualidade da bateria desse modelo. Pouco tempo depois, é impactado com um e-mail informacional, comparando o tempo de vida da bateria desse celular com modelos anteriores ou mesmo smartphones de outros fabricantes.
Um usuário que interage com as fotos, desce até o final da tela ou passa determinado tempo na página de produto pode ter uma propensão maior de compra e, com isso, ter a sua frequência de (re) impacto, por canais de (re) marketing, aumentada.
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