Vivemos a era da inovação e a necessidade de se atualizar e se reinventar está presente em todas as áreas de trabalho. Mas ela é ainda mais significativa quando nos referimos ao comércio eletrônico.
Nesse contexto, um time ou um líder de e-commerce que não se renovam acabam gerando custos desnecessários para a empresa toda e, com isso, perdendo competitividade.
Na minha opinião, esse desconhecimento se prolonga quando um profissional (ou vários) está estagnado ou quando se compra um produto apenas pela marca. Entenda o que acontece em cada uma das situações.
Profissionais estagnados
Uma das razões para o desconhecimento do time são profissionais estagnados, aqueles que não se atualizam porque não vão atrás de novas informações, novidades, enfim, não se abrem para o novo.
Às vezes isso acontece simplesmente porque não há interesse em sair da zona de conforto e, em outros casos, por receio de novas ideias não serem aceitas.
Com isso, esses profissionais deixam de conhecer novas técnicas, ferramentas e recursos mais avançados que, muitas vezes, são até mais acessíveis e poderiam reduzir os custos da empresa e torná-la mais competitiva.
É preciso estar sempre antenado às novas tendências para o comércio eletrônico, como a estratégia omnichannel, sistemas de recomendação e personalização, ferramentas que melhoram a experiência de compra do cliente, entre tantas outras opções.
Vivemos no século XXI, na era do exponencial, em que tudo acontece muito rápido. A base para se manter ativo nesta nova era é, sem dúvidas, o conhecimento.
Se a empresa não investe em inovação e conhecimento, infelizmente está fadada a sumir em pouco tempo.
No século passado, vivemos a era aritmética, em que era possível viver com pequenas mudanças, como crescer apenas 10% em um ano. Hoje, as coisas mudaram.
Muitas vezes não é possível nem ao menos saber quem é o concorrente, pois, a qualquer momento, uma nova empresa pode surgir no mesmo ramo e, em alguns casos, até mesmo em um ramo diferente.
Esse é o caso do buscador Google, que, nos Estados Unidos, tem a Amazon (que é uma empresa de varejo) como principal concorrente, já que muitos usuários preferem procurar produtos diretamente no site da Amazon, em vez de procurar primeiro no Google .
Por isso, é preciso abrir o olho, buscar conhecimento, experimentar o novo, sem medo de errar. Errar faz parte do aprendizado e crescimento.
Profissionais que compram apenas pela marca
Outro motivo para que o desconhecimento se alongue é aquele velho hábito de comprar um produto ou contratar um serviço pela marca, porque é a mais famosa, a mais cara, porque tem nome.
A razão disso é que, muitas vezes, o responsável pelo e-commerce não quer se arriscar com resultados incertos. Então ele contrata, por exemplo, a ferramenta mais cara, a mais conhecida e se algo dá errado, ele diz “não deu certo, mas eu contratei a ‘melhor’, a mais famosa, o que mais eu podia fazer?”.
Sim, contratou a mais famosa, mas não analisou as outras opções no mercado, as novidades que, por vezes, são mais inovadoras.
Nessa linha de pensamento, o desconhecimento prevalece. O profissional deixou de conhecer e apresentar para a empresa uma solução mais acessível e mais avançada em relação à performance, porque seguiu o senso comum.
E hoje, com o avanço das startups, temos muitas opções de tecnologias acessíveis de alta performance voltadas para o e-commerce. Inclusive falo sobre isso no artigo anterior.
Conhecimento e inovação fazem a diferença
Para evitar custos desnecessários e acompanhar a evolução do mercado é preciso investir em conhecimento e inovação. Temos muitos exemplos de empresas que investiram em inovação e, hoje, são líderes em seus ramos de atuação.
A Tesla, com seus carros elétricos, por exemplo, é hoje a empresa automotiva mais valiosa do mercado, ultrapassando a gigante e tradicional Toyota. Os aplicativos de transporte, como Uber, 99 e Cabify, apesar de não exigirem motoristas profissionais, como é o sistema de táxi, também deram muito certo, porque apostaram em um sistema mais moderno e mais econômico para o consumidor.
No e-commerce não é diferente, muito pelo contrário. Como está inserido em um ambiente tecnológico, precisa inovar ainda mais e é o que muitos têm feito.
A Diesel, por exemplo, decidiu investir em um sistema de busca e recomendação com inteligência artificial para elevar a experiência de compra da sua loja virtual. A Amend Cosméticos também apostou na inteligência artificial, mas foi além: por meio de uma ferramenta que apoia causas sociais, ao final da compra o cliente tem a opção de escolher, entre duas, para qual causa a Amend vai fazer uma doação.
Isso ajudou a diminuir o abandono de carrinhos e ainda passou a gerar mais empatia e engajamento com a marca. Atitudes como essas são inovadoras e fazem toda a diferença.
Mas isso acontece quando as pessoas vão atrás do novo, buscam conhecimento, acreditam e se arriscam. E os consumidores logo abraçam a ideia, porque as pessoas querem sim usar o que é melhor, mais produtivo, mais avançado e até mais econômico.
Por isso, instigue os seus executivos e colaboradores a inovar, estudar, buscar novos conhecimentos e experimentar ferramentas novas.
E, se por acaso, o resultado não for o esperado, mesmo assim parabenize pela iniciativa. Afinal, é o que eu sempre digo para a minha equipe: “se não estamos errando, significa que não estamos inovando”.