Diferentemente do comércio tradicional, no e-commerce o consumidor não conta com um vendedor à sua disposição para encontrar “aquele produto” que está procurando. Na falta dessa ajuda providencial, surge a busca, uma ferramenta com alto potencial de conversão. Isso porque o consumidor que recorre ao campo de busca geralmente já sabe bem o que quer e está mais maduro na jornada de compra. Se ele encontra o produto, há grandes chances de concretizar a transação.
Por outro lado, quando a ferramenta não funciona, os consumidores tendem a decepcionar-se. De acordo com pesquisas da SLI Systems, 34% das pessoas que acessam a loja utilizam o campo e, desse total, 43% que não encontram o produto, não procuram mais e acabam por abandonar o site.
Além disso, em um e-commerce com alto volume de produtos, o mecanismo de busca representa um papel ainda maior. Mas para funcionar de forma correta é necessário configurar corretamente os filtros, pois são eles que ajudarão o cliente a refinar sua busca e encontrar o item desejado.
No momento de definir os filtros, é importante, além de utilizar-se das informações obtidas junto ao fornecedor, destrinchar as características e, sobretudo, pensar em como o consumidor realizaria a busca.
Vale ainda ressaltar a diferença entre categorias, subcategorias e filtros.
As categorias são mais abrangentes. Em um e-commerce de cosméticos, alguns exemplos podem ser: face, cabelo e unhas. Dentro de cada uma dessas categorias, são designadas diferentes subcategorias. Dentro de face: base, pó, corretivo, etc. Dentro de cabelo: shampoo, condicionador, máscara de tratamento, etc. Dentro de unha: esmaltes, removedores de esmalte, acessórios, etc.
Os filtros, por sua vez, podem ser definidos como características de cada produto. Cor, marca, tamanho, estilo e demais variações podem ser alguns deles. Alguns dos filtros de um e-commerce de móveis podem ser: cor, material, portas de puxar, portas de correr, altura, largura, profundidade, etc. Em um e-commerce de cosméticos: cor, marca, tipo de acabamento, entre diversas outras possibilidades.
A definição desses filtros irá depender bastante do segmento do e-commerce, bem como de sua gama de produtos e, claro, do comportamento do consumidor.
A busca e o SEO
A ferramenta de busca está diretamente ligada às questões de cadastramento de produtos e SEO. As palavras escolhidas para serem inseridas no título influenciam significativamente nos resultados, podendo fazer com que a loja perca ou ganhe vendas.
Características importantes de um produto, como marca e código (ou outras mais relevantes), devem ser incluídas no título, pois isso otimiza a busca interna e também facilita a indexação nos buscadores. Nessa etapa, vale pensar nas características mais relevantes para o consumidor. Para confirmar, consulte o Google Adwords e verifique quais são os principais termos utilizados para buscar aquele determinado produto. Certifique-se de incluir o principal no título.
Vale dizer que provavelmente não será possível incluir todos os termos relacionados apenas no título. Dessa forma, é possível aproveitá-los em outros locais, como na descrição, nos filtros e nas tags, recursos muito eficientes para otimizar a busca e deixar a página ainda mais relevante.
As tags podem e devem ser utilizadas em diversos casos, entre eles quando o produto tem “sinônimos” ou quando há várias palavras ou expressões relevantes relacionadas ao termo principal. Nesses casos, ao invés de incluir todos esses termos no título ou criar filtros independentes, é possível utilizar as tags.
“Maleta”, por exemplo, pode ser chamada de “bolsa” ou “pasta”. Nesse caso, é preciso escolher o termo mais relevante para o título. Os demais não podem ser descartados, então devem ser cadastrados com tags.
E lembre-se: as tags não são visíveis ao consumidor, ou seja, não poluem o front-end, não prejudicam o tamanho do título e nem da descrição, mas são plenamente efetivas, pois reforçam as palavras-chave no back-end e facilitam a busca.