A Black Friday, que já se consolidou como um dos maiores eventos de compras no Brasil e no mundo, apresenta tendências claras quando se trata do comportamento do consumidor. Uma delas é o crescimento exponencial do uso de aplicativos de e-commerce durante esse período. O público moderno, conectado e em movimento, tem migrado cada vez mais para o uso de apps para realizar suas compras.
O crescimento do uso de aplicativos na Black Friday
De acordo com dados da Gente Globo, o número de usuários que optam por fazer compras via aplicativos durante a Black Friday cresce anualmente, impulsionado pela facilidade de navegação, ofertas personalizadas e a conveniência de realizar transações em poucos cliques. Para as empresas, essa migração representa uma oportunidade de capturar a atenção do cliente em qualquer momento e lugar.
Na correria da Black Friday, a conveniência é fundamental. Diferentemente de sites de desktop ou mobile, os aplicativos proporcionam uma experiência de compra mais rápida e fluida. De acordo com um estudo da App Annie, pessoas que compram via aplicativos de e-commerce tendem a gastar 20% mais do que aquelas que usam sites tradicionais. Isso se deve, em parte, à facilidade de navegação e à personalização de ofertas, que permitem uma experiência mais direcionada.
Além disso, muitas lojas oferecem promoções exclusivas para usuários de aplicativos, incentivando downloads e a fidelização através de programas de recompensas. Uma pesquisa recente realizada pela Cielo mostrou que consumidores que realizam compras em apps durante a Black Friday são 30% mais propensos a voltar e realizar compras adicionais em menos de um mês.
Desafios enfrentados pelo mercado brasileiro
A personalização é outro ponto-chave para o sucesso dos aplicativos durante a Black Friday. Ferramentas como notificações push segmentadas, baseadas no histórico de navegação e nas compras, permitem que as marcas criem ofertas sob medida para cada usuário. Isso melhora a experiência de compra e aumenta significativamente as taxas de conversão. Empresas que utilizam essa estratégia, como a Amobeleza, conseguiram um crescimento de 257% no GMV ao focar suas operações em apps.
Durante a Black Friday, os aplicativos também se destacam pela otimização do processo de checkout. A simplificação e a integração de múltiplas formas de pagamento reduzem o abandono de carrinho, que é uma das maiores dores de cabeça no e-commerce. Oferecer soluções como carteiras digitais, Pix e pagamentos com um clique são diferenciais que garantem maior fluidez na finalização da compra, além de aumentar a satisfação do cliente.
Outra vantagem do uso de apps é o acesso a dados mais completos sobre o comportamento do consumidor. A partir de ferramentas de CRM, as empresas conseguem mapear as preferências dos usuários, identificar padrões de comportamento e ajustar suas campanhas em tempo real, criando uma abordagem mais assertiva. Esse uso eficiente de dados resulta não só em mais vendas, mas também em maior retenção do público.
Por outro lado, o mercado brasileiro ainda enfrenta desafios no uso de aplicativos durante a Black Friday. A gestão de servidores e a capacidade de lidar com o aumento de tráfego durante o evento são preocupações frequentes. Ainda, problemas com estoque e logística também podem afetar a experiência do usuário, prejudicando a reputação das marcas.
Contudo, as oportunidades superam os desafios. A ampliação do uso de aplicativos e a implementação de soluções como programas de fidelidade e gamificação no app têm potencial para engajar ainda mais os consumidores. As empresas que souberem explorar essas ferramentas estarão melhor posicionadas para capturar a crescente demanda digital durante esse período.