Este estudo é baseado nas informações do site www.e-commerce.org.br, editado por Dailton Felipini.
Nos Estados Unidos, o e-commerce teve início em 1995, com o surgimento da Amazon.com e outras empresas. Já no Brasil, o setor começou a se desenvolver cinco anos depois. Desde então, as vendas através do comércio eletrônico não pararam de crescer no país.
Vamos aos dados: em 2001, o setor faturava um montante em torno de R$ 0,5 bilhão. Em 2007, o faturamento do comércio eletrônico no Brasil foi de R$ 6,3 bilhões, o que representou um crescimento de 43% em relação a 2006. As informações foram divulgadas pelo estudo exclusivo da 17ª edição do Relatório “WebShoppers” realizado pela e-bit.
Se for tomado o período 2001-2007, o crescimento total foi de mais de 1.000% – número extremamente expressivo dado o curto espaço de tempo.
O relatório também constatou que foram realizados 20,4 milhões de pedidos (acréscimo de 5,4 milhões) por 9,5 milhões de e-consumidores, com a chegada de 2,5 milhões de novos compradores.
Alguns fatores contribuíram para isso: variedade dos produtos, comodidade e facilidade na comparação de preços em diversas lojas em curto período de tempo, possibilidade de parcelamento sem juros e condições de pagamento facilitadas, além do aumento do número de internautas consumidores.
Esse último fator é essencial para se entender a contínua expansão do mercado de comércio online. Como dito anteriormente, 2,5 milhões de pessoas ingressaram no setor em 2007, o que significa que a cada dia, 6.849 pessoas aderiram às compras pelo computador.
O grupo desses novos consumidores é formado por pessoas de variadas faixas etárias, com destaque para os adultos que nasceram antes da internet e que optaram por adquirir o hábito de comprar via web, além dos jovens da geração digital, que praticamente não têm outra alternativa a não ser aderir à prática. Há ainda a consolidação da internet nas camadas de baixa renda, o que também é um fator impulsionador do consumo.
São essencialmente dois os possíveis fatores que motivam as pessoas da “geração pré-internet” a mudar de comportamento: a conveniência da compra online, principalmente nas grandes cidades e localidades mais afastadas dos centros distribuidores e a economia de recursos, pois geralmente o preço dos produtos na internet é menor do que o preço praticado nas lojas físicas.
Pelo fato de a internet estar em franca expansão no Brasil, esse mercado tende a ser cada vez mais competitivo. Afinal, o país já atingiu a marca de 42 milhões usuários de internet; destes, 34,1 milhões utilizam o acesso residencial, ratificando a primeira posição do país no setor em nível mundial.
Dicas de diferencial
Diante desse cenário, como se destacar na multidão e não ser apenas um? Não há fórmula mágica, e sim trabalho e pesquisa.
O primeiro passo é um bom planejamento. Colocar no papel, através de um plano de negócios, as principais variáveis do empreendimento. Entre elas, destacam-se: o empreendimento em si, o produto, o mercado, o marketing, as finanças e o cronograma. Não é um trabalho fácil, mas o empreendedor sairá, no mínimo, com um importante saldo: o conhecimento proporcionado pelo processo.
Em seguida, escolher o domínio, que será a marca da empresa na internet. Simplicidade é o segredo. O domínio deve ser curto e simples, de fácil compreensão, visualização e digitação (evitar problemas com acentuação) e possuir relação com o produto a ser comercializado.
Boa usabilidade é fundamental. A funcionalidade de um site de comércio eletrônico é determinante para a volta de um cliente a ele. Quanto mais fácil de usar, melhor. Afinal, como mencionado antes, boa parte dos e-consumidores não tem tanta familiaridade com tecnologia. Se um site for de fácil usabilidade, o potencial cliente vai se sentir mais seguro (uma das resistências às compras online é justamente a segurança) para voltar.
Além disso, investir em links patrocinados. Com esse sistema, o anunciante só paga quando o usuário efetivamente clica no anúncio e visita o site e maximiza o retorno do investimento em publicidade. Links patrocinados têm a cara do e-commerce: são ágeis, flexíveis e interativos.
O próximo passo
É claro que fazer um negócio dar certo é tarefa das mais difíceis. É preciso ter sorte, mas esta só vem quando aliada à competência.
Até o final de 2008, o e-commerce deve abocanhar 12 milhões de consumidores. Esse número representa mais do que a metade de todo o mercado da América Latina.
Pois é, a oportunidade está aí. Campo de atuação é o que não falta. Que tal arregaçar as mangas?