Diversificar os canais de venda é essencial quando tudo está correndo bem, que dirá quando uma pane tira do ar as redes sociais mais usadas pelo e-commerce. A queda recente no sistema da tríade WhatsApp-Instagram-Facebook por mais de seis horas provocou um prejuízo nos negócios, principalmente naqueles que deixaram um pouco de lado ferramentas de vendas importantes, em detrimento das redes sociais.
Dá para entender porque elas são a menina-dos-olhos das equipes de marketing dos e-commerces: conduzem o consumidor à conversão de forma direta e rápida, facilitando o processo para o cliente e gerando um movimento paralelo de potenciais compradores. As redes se comunicam com a audiência, geram personalidade para a marca, são ótimas plataformas para ações de marketing e, óbvio, vendem os produtos.
Em 2020, as compras feitas por meio das redes sociais subiram de 22% para 34%, segundo o estudo NuvemCommerce. A pesquisa identificou o que nós já sabemos, mas sempre é bom lembrar: o Instagram ganha cada vez mais importância e já corresponde a 87% das vendas. Em se tratando de atendimento, o Whatsapp liderou como principal canal, adotado por 95% dos entrevistados, seguido por Instagram (83,5%), e-mail (51%), Facebook (49,5%), telefone (42%), chat online (17%) e outros.
Pois bem. E o que fazemos SEM esses atalhos poderosos para vender bem e sempre mais? A resposta é simples: FI-DE-LI-ZAR, investir todos os dias na sua base de clientes. Com certeza, quem cuida atentamente do seu CRM passa por uma pane nas redes sociais de modo mais suave. Afinal, uma queda de sistema que faz e-commerces perderem 35% de fluxo não é banal, concordam?
Vamos então reforçar o que é preciso manter sempre em dia e em paralelo:
Investir em SEO de qualidade e em anúncios no Google, nosso gigante das buscas, é default, mas é bem importante bater nessa tecla, visto que muitos e-commerces estrearam (ou se aperfeiçoaram) na web da pandemia para cá, e estão estruturando suas ações de marketing. É claro que, como toda plataforma, o Google também pode sair do ar no futuro. Se você tiver diversificado seus canais… Já sabe.
Marketplaces
Sua marca já está em algum marketplace? Taí mais um canal para seu produto alcançar mais (muito mais) pessoas e ser encontrado fora das redes sociais.
E-mail marketing
Sim, ele funciona e pode ser bastante eficaz, por isso todo mundo faz. Vale aqui uma consideração: o “como” fazer é o pulo do gato. Essa é uma ferramenta de vendas que precisa respeitar o tempo do cliente, do contrário ele para de ler e ainda se descadastra — e ainda pode recorrer a canais de reclamação quando a opção de descadastro não funciona e a enxurrada de mensagens continua.
É preciso ser bastante criterioso ao definir o volume de e-mails marketing que você vai enviar para uma mesma base. A qualidade do conteúdo, claro, é essencial: desde o assunto do e-mail e o português correto (aliás, em tudo o que sua marca escrever), passando pelo tom ideal de acordo com as personas do seu negócio.
Marketing de SMS
Ele nasceu na década de 1990, muita coisa mudou, mas está entre os canais com maior taxa de abertura e ótimo potencial de conversão para as vendas. o SMS. São muitas as dicas para usá-lo com inteligência, mas vou continuar focando no respeito ao cliente, visto que as práticas invasivas têm proliferado no mercado.
Se o objetivo de qualquer campanha é promover uma experiência que faça o consumidor voltar, faça a diferença e obtenha o opt-in (a autorização do seu cliente) para o envio de mensagens SMS. Outro cuidado é o horário de disparo das mensagens. Imagine que muitas pessoas, apesar de continuarem conectadas fora do horário comercial, estejam descansando, relaxando, conversando sobre outros assuntos e chega um SMS vendendo um produto? Suas chances de conversão diminuem muito. Atente para o horário do disparo.
E o Telegram, hein?
Há seis meses, o aplicativo russo que concorre com o WhatsApp lançou uma atualização que permite vendas durante a troca de mensagens com os clientes, pois os pagamentos podem ser feitos, agora, diretamente na plataforma. Também é possível criar uma loja própria de e-commerce no Telegram, com compras realizadas tanto no aplicativo pelo celular ou no PC.
As opções são várias. Escolha os canais que melhor conversem como o seu público, elabore planos de contingência e mãos à obra! Você estará mais forte na próxima pane.