2020 foi um ano marcado por diversas mudanças, e a aceleração da transformação digital das empresas foi uma delas. Muitas indústrias que estavam adiando a implantação do próprio e-commerce perceberam a importância de estarem no digital. Neste caso, optaram por implementar as suas lojas virtuais tanto no formato de venda para outras empresas como para o consumidor final — ampliando assim as suas oportunidades de negócio. Mas, afinal, por que as indústrias precisam estar no digital? Neste artigo mostrarei as vantagens de apostar no e-commerce e os dados que revelam a sua expansão no mercado.
Dados do mercado: o crescimento da indústria no e-commerce
Por muito tempo os e-commerces eram diretamente associados ao varejo, cuja principal característica é a venda de um número menor de produtos, feita diretamente aos consumidores finais, algo bem menos complexo comparado às indústrias. De uns anos para cá, o cenário vem se reconfigurando, sobretudo após a pandemia. Apesar de mais desafiador que os negócios B2C (Negócio para Consumidor), as indústrias têm visto a importância não só de digitalizar os seus processos como também de aproveitar o crescimento do e-commerce e ampliar a sua participação no mercado.
Existem duas maneiras principais de uma indústria atuar no comércio digital: através de vendas B2B (Empresa para Empresa) e/ou de vendas D2C (Direto para o Consumidor). Cada uma delas traz vantagens específicas, mas antes vamos nos ater aos dados. Em 2019, o e-commerce D2C obteve um total de vendas de US$ 14,28 bilhões. Para este ano, estima-se um crescimento de 19,2% em relação a 2020.
Além disso, uma pesquisa da Morning Consult — empresa global de inteligência de dados — apontou que no ano passado, o percentual de compradores que consumiam em canais diretos, em algumas cidades dos Estados Unidos, passou de 5% em 2019 para 31% em 2020. Apesar desta porcentagem ser menor no Brasil, a previsão também é de bastante crescimento.
Quanto ao B2B, de acordo com uma pesquisa realizada pela McKinsey, apenas 20% dos consumidores disseram que retornariam aos atendimentos presenciais após a pandemia — revelou, portanto, a preferência de compra pela internet. Além disso, estima-se que as vendas online B2B alcancem US$ 1,8 trilhão em 2023 nos Estados Unidos. O Brasil também não se distancia muito desta previsão, apesar de se tratar de um mercado mais tímido.
Por que ter um e-commerce D2C e B2B?
Uma das principais vantagens da indústria contar com um e-commerce D2C é a proximidade que ela passa a ter com o consumidor final. Afinal, oferece uma experiência de compra personalizada e ainda mais confiável. Sem contar que permite entender de perto os desejos e as necessidades dos consumidores. Isso sem contar a redução de custos e tributação ao eliminar o intermediário na transação, garantindo uma margem de lucro maior.
Entretanto, é importante se atentar à maneira como as vendas serão realizadas para o consumidor final. Ou seja, o relacionamento com as empresas que já comercializam os seus produtos não pode prejudicado — afinal, elas não devem te ver como concorrente. Trabalhar com a venda de produtos diferentes é um caminho interessante para isso. Porém, nada mais apropriado do que validar e pensar taticamente de acordo com os objetivos e estratégias do seu negócio.
Já o formato B2B amplia a possibilidade da empresa alcançar clientes menores que até então era inviável com o sistema de representantes comerciais — e consequentemente, deixar os atendimentos presenciais para clientes estratégicos. Há ainda a redução de custos com o deslocamento dos representantes e com material impresso; rapidez e simplicidade da experiência proporcionada aos consumidores; e a possibilidade de vender todos os dias da semana durante as vinte e quatro horas.
Tendências do mercado
O foco na experiência do usuário é uma das maiores tendências do mercado, inclusive quando o assunto é e-commerce D2C e B2B. Oferecer uma jornada de compra personalizada, descomplicada e rápida, desde a entrada do consumidor no site até o pós-venda, é fundamental para conduzir os consumidores à conversão e fidelizá-los.
Além disso, a humanização da experiência da loja virtual também é um elemento bastante importante. Empatia e escuta ativa, sobretudo no serviço de atendimento ao cliente, é uma maneira de humanizar o contato da empresa com ele. Ter um vendedor on-line que esteja pronto para ajudar os consumidores durante a compra também é uma boa tática. Isso sem contar que a omnicanalidade entra em cena como uma excelente estratégia, integrando os canais de venda e centralizando os processos.
Após estes dados e dicas, fica ainda mais nítida a importância de não deixar de digitalizar a sua indústria, de levá-la para o comércio digital e evoluir ainda mais no mercado. Comece com um plano de negócio enxuto, pesquisas e um parceiro de e-commerce capaz de te ajudar neste crescimento. Certamente, os resultados serão excelentes.