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Relatório global DHL: vendas por redes sociais devem alcançar US$ 8,5 trilhões até 2030

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Baseado em cerca de 12 mil consumidores em 24 países, o Relatório Global de Tendências de Compradores Online 2024, da DHL, traz insights valiosos sobre o comportamento dos consumidores. Entre os principais destaques, a empresa de logística afirma que as vendas por meio de plataformas de mídia social deverão alcançar US$ 8,5 trilhões até 2030.

Abandono de carrinhos: 41% dos compradores afirmam que o alto valor da entrega é o maior responsável por não finalizar a compra. Curioso saber que 16% esperam receber um cupom de desconto para retomar a compra

A ascenção do social commerce no mundo

De acordo com o relatório, as vendas via redes sociais está se tornando a próxima grande tendência no comércio eletrônico. Para ter uma ideia dessa evolução, a estimativa de US$8,5 tri (contra os US$700 bilhões em 2024) representa um aumento de aproximadamente 12 vezes em seis anos.

Globalmente, o Facebook é a rede social mais utilizada para fazer as compras (37%). De acordo com o estudo, 1 a cada 2 pessoas no mundo compraram via social commerce. Na Tailândia, porém, esse número sobe para 9 em cada 10 pessoas, com o TikTok sendo o canal preferido para 7 em cada 10 usuários. Na China, os canais preferidos são: Douyin (versão chinesa do TikTok), WeChat e Kuaishou

A Ásia está na vanguarda dessa tendência, com países como China (53%) e Tailândia (59%) puxando a lista dos maiores compradores das redes. Por consequência disso, outra mudança ocorre no comportamento do consumidor: a preferência por compras via dispositivos móveis.

Segundo o estudo, a maior parte dos compradores (57%) já prefere utilizar smatphones para o consumo online. Um alerta diante dessa mudança é em relação a apresentação dos produtos no e-commerce, assim como na estrutura dos e-commerces.

Além dos dados do gráfico acima, a DHL diz que 52% dos consumidores frequentemente usam os aplicativos dos lojistas para acessar ofertas e descontos exclusivos, assim como para ter uma experiência mais personalizada de acordo com o comportamento de compras

Importância dos parceiros logísticos

Plataformas baseadas em aplicativos, como Shein e Temu, têm ganhado imensa popularidade globalmente devido à vasta oferta de produtos a preços acessíveis. Além disso, uma média global de 65% dos compradores globais ressaltam a importância de conhecer o provedor de entrega antes de realizar a compra.

O Brasil está entre os quatro países que consideram parceiros logísticos como peças muito importantes em relação ao impacto nas vendas. Isso puxa uma tendência entre os clientes online, que estão altamente conscientes dos custos, especialmente ao buscar opções de entrega acessíveis, flexíveis e convenientes.

No Brasil, 65% dos consumidores online afirmam que saber quem fará a entrega do produto afeta diretamente na decisão de compra

Custos elevados de entrega são uma barreira significativa, com 41% dos compradores abandonando suas compras devido às taxas caras de entrega. Isso ressalta a importância da transparência e confiança no processo de entrega, já que os clientes querem saber qual parceiro logístico está responsável por seus pedidos.

Apps de marketplaces

Marketplaces baseados em aplicativos tem testemunhado um aumento notável em popularidade, com Shein e Temu liderando o caminho. Segundo o estudo, a Shein é muito popular entre os compradores nos Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Brasil, enquanto a Temu ganhou tração significativa entre os compradores nos EUA e Holanda.

Estudo mostra os marketplaces mais utilizados no mundo. Um detalhe interessante: apenas 3% dos consumidores ao redor do mundo afirmam não utilizar os marketplaces para as compras online

No entanto, na Europa, a Zalando permanece como o destino preferido para compras online. Exceto pela Holanda, os marketplaces asiáticos emergentes ainda não estabeleceram uma posição de liderança, sem perspectivas de desaceleração. O relatório completo pode ser acessado aqui.