Varejistas e consumidores brasileiros de diferentes regiões do país foram entrevistados entre fevereiro e março deste ano para identificar quais são as tendências que estão transformando o setor do varejo nas lojas físicas e digitais, o comportamento do consumidor, ocorrência de fraudes e expectativas de expansão dos negócios para o exterior. A pesquisa revelou que quase metade das empresas brasileiras (47%) planejam expandir os negócios para novos mercados através das operações online.
Realizado pela Adyen em parceria com a Opinium Research LLP e Censuswide, o Relatório do Varejo 2023 reuniu respostas de 36 mil consumidores em 26 países e mais de 12 mil comerciantes de 24 países.
Os dados não são novidade, pois ainda no Relatório do Varejo 2022 havia o registro de 37% na intenção de aumento da internacionalização. Além de atuar no modelo de operação em e-commerce, 33% dos varejistas pretendem expandir abrindo lojas físicas em novos mercados, um índice 4% maior do que no ano passado. Os principais destinos são diversos, como: Argentina (39%); Portugal (35%); Estados Unidos (35%); Chile (22%) e Canadá (21%).
Adaptações necessárias
Para dar um passo rumo à expansão, é preciso adaptar a operação e o modo que empresas lidam com os métodos de pagamento aceitos. De acordo com o levantamento, os compradores preferem familiaridade e flexibilidade e cerca de 30% só comprariam em sites de outros países se pudessem usar seus métodos de pagamento habituais. Enquanto 32% relataram que só comprariam se os varejistas convertessem automaticamente os preços para sua moeda local.
“É necessário planejar os métodos de pagamentos como um ponto estratégico no ciclo de venda e ir além do cartão de crédito. Antes de expandir para outro país, é preciso entender as formas de pagamento mais utilizadas pelos consumidores de lá e fazer as adaptações necessárias para não perder clientes e oportunidades de vendas”, explica Thais Fischberg, presidente da Adyen América Latina.
Condições para compras
Para um em cada quatro consumidores, a busca em sites de outros países é motivada pela exclusividade dos produtos, principalmente aqueles que não estão disponíveis localmente. Em relação ao custo do frete, quase metade dos compradores online (43%) disse que só compraria produtos do exterior se as taxas de entrega fossem razoáveis. Além disso, um quarto (¼) evitaria as compras internacionais se fossem taxados com tarifas alfandegárias, fora os custos de entrega.