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Anúncios dentro de jogos eletrônicos conquistam cada vez mais consumidores

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

A Comscore divulgou o estudo “Explorando o Universo Gaming no Brasil”, que traça um panorama do perfil, preferências e hábitos dos gamers no país, além de destacar oportunidades para marcas e anunciantes no setor. 

O levantamento, realizado com uma amostra representativa de brasileiros de 18 a 65 anos, enfatiza a crescente diversidade e a influência dos games na vida cotidiana e nas escolhas de consumo dos jogadores.

Homem usando camisa xadrez usando oculos de realidade virtual jogando videogame no computador
Imagem: reprodução

Na América Latina, o mercado de games é avaliado em cerca de US$ 10 bilhões, representando aproximadamente 8% dos gamers e da receita mundial. Globalmente, estima-se que 80% da população se envolva com esse universo, seja de forma casual ou profissional – e o número de jogadores deve crescer nos próximos anos, de acordo com o estudo.

Ingrid Veronesi, country manager da Comscore, explica: “o universo dos games evoluiu de um nicho de entretenimento a um dos maiores mercados digitais globais, se consolidando como uma plataforma única de engajamento para marcas que buscam alcançar consumidores de alto valor, especialmente entre as gerações Y e Z”.

Os consumidores

A pesquisa aponta que o Brasil possui uma comunidade gamer com perfis variados. Entre o público total, 44% são mulheres e 56% homens, e 37% jogam há mais de 10 anos. 

O gamer típico é atualmente um influenciador nas decisões de compra: 90% dos entrevistados afirmam ser responsáveis pela maioria das decisões de consumo em casa e 89% lideram as compras de supermercado. No Brasil, aproximadamente 66% dos entrevistados possuem imóveis e 53% são casados, enquanto 65% têm filhos. 

Além disso, os dados também revelam que mais da metade dos gamers são millennials (55%), seguidos pela geração X (24%) e pela geração Z (14%). Entre os interesses de consumo, futebol é o esporte mais assistido (83%), seguido por automobilismo (41%), vôlei (41%) e basquete (39%).

Além disso, 40% dos gamers brasileiros estariam dispostos a gastar mais de R$ 200 em um novo jogo, enquanto outros 49% combinam jogos gratuitos e pagos.

Preferências de consumo

O levantamento revela a variedade de dispositivos usados para jogar, sendo o smartphone o mais popular – 98% dos gamers possuem um – seguido por computadores (94%) e consoles conectados à internet (70%). 

Esse comportamento multicanal ressalta o potencial de estratégias publicitárias direcionadas, já que 55% dos gamers jogam regularmente em múltiplas plataformas, como consoles, PCs e dispositivos móveis.

A pesquisa também observa uma preferência por tipos de dispositivos para diferentes jogos. Candy Crush Saga, Free Fire e Call of Duty são mais jogados em smartphones, enquanto para PC, Call of Duty e League of Legends são os mais populares, com gamers dedicando mais de 20 horas semanais em jogos de computador.

Publicidade in-game

Um dos principais destaques do estudo é a receptividade dos gamers brasileiros à publicidade in-game. Mais de 65% dos jogadores já observaram anúncios em jogos, especialmente em formatos como product placement (66%), anúncios recompensados (61%) e patrocínios (65%). 

Os anúncios, quando contextualizados com o ambiente do jogo, são mais bem aceitos, pois não interrompem a experiência de jogo. Além disso, o poder de influência dos gamers no mercado também se mostra relevante, já que a maioria consome e aprova conteúdos patrocinados, principalmente quando os anúncios estão alinhados com seus interesses. 

A pesquisa também indica que mais de 70% dos espectadores de e-sports passam mais de uma hora assistindo a uma única transmissão e interagem com conteúdo publicitário relevante que ofereça alguma recompensa.

“Empresas que investirem em publicidade relevante e integrada ao contexto gamer terão oportunidades significativas de engajamento e fidelização, potencialmente impulsionando o impacto das campanhas para uma experiência mais profunda e interativa”, finaliza a executiva.