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Aplicativos superam sites de compras e são preferência de 80% dos consumidores

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

Com a chegada da temporada de compras de fim de ano, o Relatório Expectativas do Consumidor 2024, da Appdome, aponta que 84,5% dos brasileiros utilizam aplicativos móveis para realizar compras, um número 53% maior que a média global. 

Porém, o crescimento do uso desses apps vem acompanhado de uma preocupação com a segurança de dados, considerando que quase metade da população já foi vítima ou conhece alguém que sofreu ataques cibernéticos.

2024 marca a terceira pesquisa consecutiva na qual os brasileiros relataram usar mais aplicativos móveis do que sites para compras e transações. O aumento do uso de aplicativos móveis, em relação aos sites, segue uma tendência consistente nos últimos três anos, consolidando os apps como a principal ferramenta das atividades digitais diárias no país.

Pessoa segurando celular com tela cheia de aplicativos
Imagem: reprodução

Além disso, o uso diário de aplicativos móveis no Brasil cresceu significativamente: 21,5% dos brasileiros utilizam entre 11 e 20 apps por dia, enquanto 13,9% usam mais de 20. 

Os números são 24,1% e 73,3% superiores à média global, respectivamente. 

O uso de menos de 5 aplicativos por dia, por outro lado, caiu drasticamente. Os dados mostram uma tendência contínua de aumento no número de apps utilizados diariamente. Os brasileiros passam mais tempo nesses aplicativos — 51,3% relataram um aumento no uso, 17,7% acima da média global.

Tom Tovar, CEO e cofundador da Appdome, destaca que o uso massivo de aplicativos móveis no Brasil ressalta a necessidade urgente das marcas reforçarem a segurança cibernética para proteger seus usuários. 

“O comportamento do consumidor brasileiro com uma porcentagem tão alta de usuários utilizando muitos apps diariamente, eleva o nível de risco de ataques, pois cada novo aplicativo instalado pode ser uma potencial porta de entrada para ameaças”, alerta.

Os aplicativos de redes sociais e de encontros são os mais utilizados, com 56,9% dos usuários brasileiros relatando seu uso frequente. Já os aplicativos de bancos, investimentos e carteiras digitais também se destacam, sendo utilizados por 47,9% e 42,4% dos brasileiros, respectivamente. 

Aplicativos de entrega de comida (41,2%) e de jogos e apostas móveis (34,1%) também tiveram crescimento expressivo.

Privacidade em jogo

Ao serem questionados sobre seus maiores receios em relação ao uso de aplicativos móveis, 61,3% dos brasileiros apontaram a invasão de privacidade e 54,5% mencionaram fraudes móveis. A violação de dados também foi uma preocupação, com 29,9%. 

Buscando maior segurança, 96,7% dos consumidores brasileiros afirmaram que verificam informações sobre privacidade e proteção de dados antes de utilizar um aplicativo, número significativamente maior que o da média global.

A pesquisa também revela que 1 em cada 2 entrevistados já foi vítima de golpes de engenharia social, enquanto 48,9% sofreram ataques cibernéticos, malware ou fraudes móveis, superando a média global em 60,7% e 15%, respectivamente. 

Em resposta, 52,1% dos brasileiros exigem que aplicativos que coletam e compartilham dados pessoais mantenham os mais altos padrões de segurança e privacidade – um aumento de 7,1% em relação a 2022.

Por fim, 78,7% dos entrevistados afirmaram que abandonaram aplicativos móveis que não garantem a proteção de seus dados e muitos deixaram de usar apps que sofreram violações de segurança. 

“Esse dado reforça a crescente conscientização dos usuários sobre a importância da proteção de dados e da privacidade digital, ou seja, a confiança dos usuários está diretamente vinculada à capacidade de uma empresa de proteger informações sensíveis e uma violação de dados pode resultar em impactos significativos para as marcas tanto na reputação quanto na retenção de clientes”, finaliza Tovar.