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Brasil na mira da China: executivos revelam por que o país virou destino óbvio de investimentos

Por: Alice Lopes

Jornalista no E-Commerce Brasil

Jornalista no E-commerce Brasil, graduada pela Universidade Nove de Julho e apaixonada por comunicação.

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O painel “Consumidor Global, Olhar também Global: Investimentos da China no Brasil”, realizado no Latam Retail Show, reuniu Eduardo Yamashita, COO da Gouvêa Ecosystem, Pablo Toledo, diretor de Comunicação e Branding da BYD Brasil, e Jorge Gloss, diretor de Marketing da JOVI Mobile.

Painel sobre o avanço da China no mercado brasileiro- Latam Retail Show
(Imagem: E-commerce Brasil/Alice Lopes)

A discussão trouxe uma mensagem central: o futuro do varejo está vindo da Ásia, especialmente da China, com impactos cada vez mais claros sobre o mercado brasileiro.

O Brasil como destino estratégico

Para Toledo, o Brasil ocupa uma posição estratégica para empresas chinesas, principalmente no setor automotivo. Ele destacou que a produção de energia no país é robusta e favorece a instalação de fábricas e incentivos ao setor. Nesse cenário, o mercado brasileiro se torna “muito óbvio” para companhias como a BYD, que enxergam alto potencial de crescimento.

Já Jorge Gloss ressaltou que a rotatividade constante do mercado nacional cria espaço para inovação e reforça o potencial do Brasil como destino de investimentos asiáticos.

Confiança e mudança de percepção

Gloss destacou também a evolução da percepção dos consumidores brasileiros sobre os produtos chineses. Se antes eram vistos como de qualidade inferior, hoje passam a ser associados à inovação e a diferenciais competitivos. Esse movimento abre espaço para a chegada de novas tecnologias desenvolvidas na China, ampliando as oportunidades para empresas atuarem no Brasil.

Pablo Toledo complementou afirmando que havia uma visão subestimada da China, mas a entrada de produtos tecnológicos avançados mudou essa percepção e está levando o mercado global para frente.

Outro ponto destacado pelos executivos foi a importância da confiança nos negócios com empresas chinesas. Segundo os participantes, o modelo chinês se apoia principalmente na confiabilidade dos produtos e na construção de relacionamentos sólidos. “A confiança precisa ser trabalhada. É necessário conhecer a marca a fundo e acompanhar o ritmo das mudanças de rota que a China é capaz de fazer, sempre com capacidade de replanejamento”, afirmou Pablo.