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Brasileiro prefere e-commerce, mas valoriza experiência na loja física, mostra CX Trends 2024

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

O consumidor brasileiro possui hábitos e comportamentos ímpares, o que torna o desafio do varejo local ainda maior quando o assunto é prever tendências. Prova disso, com base em dados apresentados pelo CX Trends 2024, é que apesar de 76% terem escolhido o e-commerce em 2023, 67% ainda compraram em lojas físicas. Além disso, 47% compras por meio de aplicativos.

O estudo, apresentado pela Octadesk e Opinion Box, mostrou como o consumo no Brasil é guiado, principalmente, pela omnicanalidade. A percepção trazida é de que o online funciona, principalmente, por sua praticidade, enquanto a experiência é deixada para espaços físicos.

De acordo com Rodrigo Ricco, fundador e diretor geral da Octadesk, a integração entre os modelos tradicional e online é algo esperado atualmente. Por isso, o executivo cita algumas práticas que podem facilitar essa ‘fusão’.

“Os consumidores não buscam apenas transações comerciais, mas sim experiências de compra memoráveis. Atendimento personalizado, ambientes interativos e agradáveis nas lojas físicas e estratégias de marketing sensorial estão se tornando diferenciais competitivos. Além disso, programas de fidelidade e eventos exclusivos são outras táticas utilizadas para engajar e recompensar a lealdade dos clientes”, aponta.

Mais a fundo na pesquisa, em termos de canais online específicos utilizados, lojas online (68%) e marketplaces (66%) foram os mais citados. Entre os fatores mais importantes para escolha, estão variedade de produtos, preços e conveniência.

Consumidor jovem

Além da alternância entre e-commerce e loja física, o CX Trends também mostrou como o consumidor jovem têm influenciado cada vez mais nos índices. Além do fato de uma parte já estar no mercado de trabalho, ocasionando aumento no poder de compra, a pesquisa também mostra que até mesmo aqueles que não trabalham ainda já ditam certos comportamentos dentro do próprio ciclo social.

“Mesmo os jovens que ainda não estão empregados influenciam significativamente as decisões de compra familiares, trazendo novos valores e preocupações para o processo de consumo”, salienta Ricco.

Um dos impactos mais vistos com o consumidor brasileiro mais jovem e participativo é o contexto ambiental. A procura por produtos sustentáveis e práticas éticas de produção, aliadas com iniciativas corporativas de reciclagem, reforçam isso.