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Cielo espera que BC autorize WhatsApp para pagamentos em novembro

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O presidente-executivo da Cielo, Paulo Caffarelli, disse na quarta-feira (28) esperar que o Banco Central autorize em novembro o uso do WhatsApp para pagamentos.

“A expectativa que a gente tem ouvido de partes envolvidas no assunto é de que autorização do regulador sairá em novembro”, disse Caffarelli em teleconferência com jornalistas sobre os resultados da Cielo do terceiro trimestre, sem mencionar nomes.

O WhatsApp, braço de mensageria do Facebook, anunciou em junho parceria com Banco do Brasil, Cielo e as bandeiras de cartões Visa e Mastercard para pagamentos, mas o BC suspendeu essa operação, autorizando-a desde o final de julho apenas para testes.

Nesse período, a expectativa em torno do início comercial desse negócio tem ampliado a volatilidade das ações da Cielo, com analistas avaliando que a maior empresa de pagamentos eletrônicos do país pode ter na parceria um caminho para se recuperar, após anos de queda nas margens e nos lucros.

WhatsApp x Pix

Essa tendência declinante foi reforçada terça-feira (27) à noite, quando a Cielo anunciou que seu lucro do terceiro trimestre caiu 71,5% ante mesma etapa de 2019, refletindo queda nas margens devido à forte concorrência e os efeitos da crise desencadeada pela pandemia da Covid-19.

Em nota a clientes, o Credit Suisse reafirmou ser “difícil ver qualquer ângulo estruturalmente positivo nas ações se a Cielo continuar da mesma forma”, embora tenha considerado o resultado trimestral acima do previsto.

Analistas do setor financeiro ainda veem desafios adicionais para a Cielo com a estreia em novembro do sistema instantâneo de pagamentos, Pix, que deve tomar mercado de outras modalidades que dão receitas para instituições financeiras, caso dos cartões de crédito e de débito, eixo do negócio das adquirentes.

No entanto, Caffarelli alegou na teleconferência que o Pix deve ampliar a bancarização no Brasil, criando oportunidades maiores para o setor financeiro, incluindo a própria Cielo, mas não deu detalhes.

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Fonte: Reuters