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Comércio eletrônico registra maior crescimento na América Latina em comparação a outras regiões do mundo

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Em 2021, o e-commerce teve um impacto muito mais significativo na América Latina durante a pandemia do que em outras regiões do mundo, é o que revela um estudo elaborado pela Enext, em parceria com a Wunderman Thompson. Foram entrevistadas mais de 28 mil pessoas em todo o mundo.

O estudo avaliou que 81% dos consumidores na América Latina consideraram o varejo online um fator essencial para o seu dia a dia durante a pandemia, enquanto 72% usuários revelaram o mesmo no restante do mundo.

“Mesmo com um mercado, talvez, menos maduro que em outras regiões, o isolamento social atraiu novos consumidores para o comércio online. Isso provocou um crescimento exponencial na demanda desses canais”, explica Gabriel Lima, CEO da Enext.

Para esse avanço ganhar destaque, o atendimento e os preços foram pilares fundamentais na decisão de compra dos consumidores latino-americanos. Especificamente, no Brasil, 73% dos entrevistados consideram a conveniência e agilidade da entrega como fatores tão relevantes quanto o preço. “Ou seja, para o brasileiro, quanto mais rápido o prazo de entrega, mais a decisão de compra se torna atrativa”, analisa Lima.

Com base no comportamento desse setor, é possível afirmar ainda que os marketplaces, em especial, foram fundamentais para trazer um novo hábito de compra aos consumidores. Esses canais se transformaram em grandes centralizadores de atração de público, com destaque para o Mercado Livre.

“O motivo está baseado principalmente em três fatores: a facilidade de encontrar produtos, agilidade de entrega e bons preços. Essas estratégias conquistam os consumidores e reforça o potencial de crescimento sustentável desses canais. O estudo mostra também que a saturação desses players está longe de ocorrer, reforçando o potencial de crescimento sustentável dos marketplaces. Isso se deve a ampla variedade de oferta e o amadurecimento dos programas de fidelidade”, comenta Lima.

Logística na América Latina

O CEO da Enext expõe ainda que as marcas precisam entender a necessidade de investimento em distribuição, se atentando às operações DTC (direct-to-consumer), uma vez que os consumidores estão dando atenção especial para o preço praticado e a velocidade na entrega.

“O consumidor latino-americano já tem esses parâmetros na decisão de compra e claramente esses serão os diferenciais competitivos no varejo online. É notório que os marketplaces subiram a barra de experiência, reduzindo o prazo de entrega. A partir de agora, os consumidores não esperam nada, além disso em sua experiência de compra, independente do canal online”, alerta Lima.

Lima ressalta que os Delivery Apps (Rappi, iFood, Uber Eats etc.) também tiveram destaque na região. O estudo apontou que a evolução foi bastante expressiva e atualmente eles se tornaram ferramentas de compras frequentes para 1/3 de seus consumidores que fazem pedidos semanalmente. Entre eles, 42% usam para adquirir alimentos e 12% em farmácia e saúde.

Por fim, a pesquisa aponta que os consumidores na América Latina são os mais predispostos a adquirir produtos de qualquer categoria online, com destaque para alimentos e bebidas. Nessa categoria, esses itens têm uma taxa de rejeição global de 20%, já na América Latina o índice é de apenas 10%. “Em resumo, o consumidor latino-americano incluiu em seu hábito a compra online. Esse panorama auxilia o comércio eletrônico a operar com boas estratégias independentes da categoria de produtos que vendem”, conclui Lima.

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