Após uma ascensão nos últimos anos, principalmente com a chegada da pandemia da Covid-19, o e-commerce global deve registrar uma queda nas vendas. O principal motivo para a primeira baixa do setor em sua história se deve, segundo dados da Augusta Free Press, ao aumento da inflação no mundo e problemas na cadeia de suprimentos.
Em valores, a redução esperada para o e-commerce a nível mundial fica em US$ 95 bilhões a menos em vendas frente 2021. No total, a geração de receita deve chegar em US$ 3,74 trilhões, de acordo com o mesmo relatório.
“Durante a pandemia, muitos consumidores mudaram o comportamento de compra e mudaram para novas marcas em busca de valor, disponibilidade e conveniência da marca. A tecnologia tradicional do comércio eletrônico também atingiu suas limitações e muitas marcas estão vendo que seus aparatos não são flexíveis o suficiente aos clientes. Além disso, os custos de publicidade digital estão aumentando. No entanto, os problemas da cadeia de suprimentos e a inflação continuam sendo os maiores fatores de enfraquecimento”, mencionou o relatório.
A queda dos números na atividade é significativa e representa os desafios enfrentados neste ano, além dos que virão. Apesar disso, a situação já era esperada, tendo em vista o período fora da curva que o segmento passou a viver há quatro anos.
Mais e-commerce e números
As estatísticas mostram que, entre 2017 e 2021, as receitas da indústria global de moda de comércio eletrônico aumentaram 67%, para US$ 890 bilhões. As vendas de eletrônicos, o maior fluxo de receita individual, saltaram 46% para US$ 920 bilhões neste período.
Apesar de comunicar uma “piora” nos resultados, já existe uma expectativa otimista para os anos seguintes. Um dos fatores significativos para a recuperação do e-commerce, por exemplo, citado pelo estudo, será o crescimento na base de usuários.
No ano passado, o mercado global de comércio eletrônico teve uma enorme taxa de penetração de 50,4%, com quase 3,8 bilhões de pessoas que utilizam o e-commerce. As estatísticas mostram que de haver crescimento de 315 milhões consumidores neste ambiente em relação a 2021, ficando em 4,1 bilhões em 2022. A taxa de penetração do mercado deve atingir 54,1% este ano.
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Por Lucas Kina, da redação do E-Commerce Brasil