Em março, os preços de eletroeletrônicos vendidos no e-commerce brasileiro acompanharam o ritmo de janeiro. registraram queda de 2,3%. A informação, proveniente do Índice de Preços Fipe/Buscapé, reflete a comparação com mesmo mês em 2024. São 47 categorias e mais de dois milhões de ofertas.

A retração mantém a trajetória de queda iniciada em abril de 2024, interrompida por três meses de estabilidade. A valorização do dólar no período — 15% em 12 meses e até 23% em janeiro — tem pressionado os custos do setor, especialmente em segmentos dependentes de insumos importados.
“O câmbio tem papel central na formação de preços de eletrônicos. A valorização recente do dólar, somada à alta generalizada de preços e instabilidade nas tarifas globais, dificulta projeções para os próximos meses”, afirma Sérgio Crispim, pesquisador da Fipe.
Na variação mensal, o índice recuou 0,48% em março, repetindo praticamente o resultado de fevereiro (0,478%). Nos 39 meses da série histórica, aumentos de preço foram registrados em apenas nove ocasiões — quatro delas nos últimos sete meses, sinalizando oscilações mais frequentes.
Informática e eletrodomésticos
Entre os itens de informática, tradicionalmente mais sensível ao câmbio, começa a mostrar recuperação. Após a queda anual de 13,1% em novembro de 2023, passou a registrar variações positivas: 1,0% em janeiro, 0,3% em fevereiro e 1,4% em março de 2025. Itens como notebook (2,4%) e impressora (3,8%) puxaram esse movimento.
Entre os produtos com maior alta anual estão impressoras (3,8%), notebooks (2,4%), aparelhos de ar-condicionado (0,5%) e fogões (0,1%). Já as maiores quedas foram registradas em fritadeiras elétricas (11,1%), TVs (5,1%), fones de ouvido e headsets (4,9%) e celulares (4,4%).
Já no grupo de eletrodomésticos, o destaque foi o ar-condicionado, que teve alta anual de 0,52% após três meses de retração — embora tenha recuado 0,23% na variação mensal.
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