O uso de IA generativa é visto em muitas áreas, como varejo ou em startups. Agora, instituições financeiras mostram inclinações à aplicação de ferramentas com a tecnologia. Os dados são de uma nova pesquisa da IBM. Incluindo o Brasil, o levantamento global mostra que 86% dos bancos desenvolve ou está a poucos passos de iniciar operações com IA generativa. A maioria (78%) trabalha com essa estratégia em, no mínimo, um caso, enquanto 8% vai além na utilização do aparato.
Em termos globais, grande parte dos tomadores de decisão em IA generativa (60%) afirma que há grande valor de aplicação no controle de risco, relatórios de conformidade e engajamento com o cliente. A segurança de dados é, portanto, um dos nortes para o trabalho com essa tecnologia, mas com a governança sendo considerada “imprescindível”, conforme o relatório.
Além disso, o foco geral das instituições financeiras em relação a IA generativa também vai de encontro com reduzir chamadas, aprimorar a classificação de reclamações, automatizar e organizar conteúdos, entre outras ações. Em todos os casos, a ideia é utilizá-la para resolver situações do dia-a-dia de trabalho dos bancos.
Na América Latina, o uso da ferramenta tecnológica por bancos se divide em engajamento com o cliente (31%), operações de risco, compliance e segurança (25%), recursos humanos, marketing e operações de compra (25%) e desenvolvimento de TI (19%).
Brasil em foco
Para Marcelo Flores, gerente geral na IBM Consulting Brasil, o Brasil é visto como um expoente na criação e implementação de soluções tecnológicas no mercado financeiro. Ao colocar os avanços da IA generativa nesta equação, o executivo acredita que o resultado é a chegada de produtos ainda mais específicos e relevantes a este setor.
“Já estamos vendo novos modelos em instituições financeiras integrando IA Transacional e Informacional (IA generativa) com múltiplos motores de IA com muitas finalidades, incluindo habilitar novos negócios, melhorar a relação com clientes, ganhar produtividade no desenvolvimento de aplicações, desenvolver colaboradores, mitigar riscos nas operações de TI, remodelar suas operações essenciais e reforçar a segurança cibernética”, afirma.
O estudo ‘Global Outlook for Banking and Financial Markets 2024’ analisou relatórios de cerca de 2 mil instituições financeiras. Além disso, 600 executivos que atuam em bancos também foram entrevistados.