Transportar produtos com o mínimo de contato humano se torna um imperativo para empresas. Varejistas, depósitos e fornecedores de transporte se adaptam à pandemia de coronavírus, buscando minimizar o risco de infecção para funcionários e clientes.
A Tsubakimoto Chain observa maior demanda de empresas por seus sistemas de classificação e transporte de mercadorias. E a startup Hacobu vê oportunidade de aumentar o uso de sua plataforma online para caminhões trocarem informações enquanto carregam e descarregam produtos em armazéns, um processo que ainda é feito principalmente em papel.
A necessidade de automação é especialmente intensa no Japão, onde a falta de mão de obra já pressionava empresas a encontrarem maneiras de operar seus negócios com menos pessoas.
Agora, essa transição está sendo estimulada pela pandemia, que aumentou as compras online e despertou o receio entre clientes sobre a possibilidade de infecção por itens entregues em suas portas.
No total, o mercado de sistemas de logística de próxima geração no Japão deve dobrar para 651 bilhões de ienes (US$ 6 bilhões) entre 2018 e 2025, de acordo com a empresa de pesquisa Fuji Keizai.
Demanda impulsionada pela pandemia
“A demanda por sistemas sem humanos continuará crescendo”, disse por e-mail Masafumi Okamoto, gerente de divisão da Tsubakimoto, com sede em Osaka. Mais famílias estão recorrendo ao comércio eletrônico para comprar bens de uso doméstico, e a fabricante está recebendo mais consultas por seus equipamentos automatizados, disse.
Ainda existem muitas áreas em que humanos são necessários nas instalações de logística. Se o número de funcionários nos depósitos for restrito para impedir a transmissão do patógeno da Covid-19, isso pode limitar as remessas e resultar em oportunidades de vendas perdidas, segundo Takeshi Kitaura, analista da Bloomberg Intelligence.
A Mujin, uma empresa que fabrica controladores de robôs industriais, disse que há interesse crescente por suas soluções. A automação logística agora é vista como uma maneira de se preparar para emergências, disse a porta-voz da empresa, Yuzuki Ishihara.
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