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Levantamento aponta segmentos do e-commerce que crescem na pandemia

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Qual impacto da crise do novo coronavírus no e-commerce? Até o momento, determinados segmentos do comércio eletrônico brasileiro apresentaram crescimento expressivo de pedidos em meio à pandemia que fez muitas cidades brasileiras adotarem regime de quarentena para reduzir a circulação de pessoas pelas ruas.

A evolução de alguns setores do e-commerce que já era esperada por alguns especialistas e instituições. Isso é uma boa notícia em meio à previsão pessimista dos economistas quanto ao avanço do país neste ano, marcado pelo surto do Covid-19 ao redor do globo.

Levantamento elaborado pela Konduto aponta que seis setores do e-commerce tiveram aumento significativo no número dos pedidos entre 15 e 24 de março — período em que as medidas mais duras contra o novo coronavírus foram adotadas — em comparação aos dez primeiros dias do mês. Confira na lista abaixo:

Brinquedos (+643,05%)

Com as escolas fechadas em virtude da pandemia do novo coronavírus, muitos pais decidiram antecipar a temporada de presentes e foram às lojas virtuais de brinquedos em busca de atrações para as crianças ficarem em casa.

Os pedidos, inclusive, dispararam no final de semana dos dias 21 e 22 de março, quando já era sabido que instituições educacionais de grandes cidades ficariam fechadas por tempo indeterminado.

Supermercados (+448,09%)

Supermercados que não contam apenas com lojas físicas se tornaram uma excelente opção para as pessoas que não querem sair de casa nem para comprar itens básicos. A curva de crescimento começou na semana do dia 16 de março, chegou ao ápice no final de semana seguinte e continua bem acima da média.

Vale ressaltar que as compras feitas à distância nestes mercados são entregues no mesmo dia, incluindo produtos alimentícios. É quase tão prático quanto uma ida “presencial” ao estabelecimento, mas com a grande vantagem de evitar filas e aglomerações.

Artigos esportivos (+187,90%)

Um dado de certa forma surpreendente, já que academias e parques das principais cidades foram obrigados a fecharem suas portas temporariamente. É um sinal de que pessoas estão procurando itens esportivos para manterem a forma em casa neste período de quarentena.

De fato, muitas lojas deste segmento estão focando os esforços de publicidade em atividades dentro de casa. Houve um aumento considerável de pedidos por produtos que vão desde halteres, colchonetes e tapetes de ioga até equipamentos como elípticos e bicicletas ergométricas.

Farmácias (+ 74,70%)

Diferentemente dos setores citados anteriormente, as farmácias virtuais já viram uma disparada no número dos pedidos a partir do dia 10 de março, uma semana antes de a primeira morte pelo novo coronavírus ser confirmada no Brasil, mas com o tema já dominando o noticiário. O número de pedidos continua bem acima da média.

Games online (+ 58,46%)

Homens, mulheres, crianças e idosos perceberam que um joguinho virtual é uma boa forma de passar o tempo e até fazer novos amigos nestes tempos de quarentena forçada. O setor é outro que cresceu expressivamente entre os dias 15 e 24 de março quando comparado aos dez primeiros dias do mês.

Cabe explicar aqui que os “gamers” não compram apenas jogos, mas fazem compras dentro do ambiente dos jogos, como atualizações, itens, armas, jogadores, créditos, etc.

Entregas (+ 55,66%)

Como já era esperado, visto que menos pessoas estão saindo às ruas, os aplicativos de entregas fecham a lista dos segmentos do comércio eletrônico que mais cresceram, principalmente em dias úteis.

Várias empresas do setor adotaram uma série de medidas para que todo o processo ocorra com o máximo de segurança possível, como fornecer álcool em gel e máscaras para os entregadores e adotar modalidades de entrega sem contato físico.

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