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Live commerce: agronegócio tem o maior retorno sobre investimento no segmento B2B, mostra relatório

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado digital desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

Inédito no Brasil, o Live Shopping Report by Mimo mostra os resultados das lives realizadas pelo varejo no país, as famosas “live commerce”, que se popularizaram durante a pandemia.

Mulher apresenta live na frente do celular com um tripé e produtos de beleza espalhados sobre uma mesa
Relatório mostra segmentos que mais se destacam nas lives/Imagem: freepik

Um dos destaques do relatório é que os segmentos de moda e beleza são os principais a utilizarem o recurso como estratégia para tracionar resultados no e-commerce. Por outro lado, é no agronegócio que o live commerce encontra o maior retorno sobre investimento para vendas de produtos e serviços no B2B. Já para o B2C, o maior retorno é para o esporte.

A pesquisa foi realizada pela Mimo Live Sales, startup pioneira de live shopping na América Latina, com dados nacionais, que ajudam a traçar o tamanho do live shopping no Brasil.

Monique Lima, CEO da empresa, entende que o live commerce será responsável por 20% do que é vendido pelo e-commerce no Brasil até 2024.

As lives são responsáveis também por aumentar o tráfego de consumidores que passam a “frequentar” as redes sociais da empresa. 57% da audiência para as lives parte das redes sociais e 8% do WhatsApp.

Agronegócio e esportes

O relatório da Mimo mostra que as lives não são uma moda apenas entre os segmentos mais esperados. O agronegócio, por exemplo, fatura R$ 9 em volume de pedidos para cada R$ 1 gasto na realização da transmissão. Isso tudo vendendo para outras empresas.

As lives geralmente são feitas com a participação de consultores sobre o assunto, que esclarecem dúvidas de produtores rurais ao apresentar serviços e produtos.

“Independentemente do mercado em que é realizado, os resultados revelam o tamanho do apelo que o live shopping tem para o público, e os indicadores no agronegócio denotam isso. Mesmo sendo um público com significativas particularidades, tem alto retorno sobre investimento no formato”, observa Monique.

Ainda mais impressionante é o retorno sobre o investimento de quem vende no setor de esportes: 12 vezes.

Moda

Apesar do retorno ser mais impressionante no agronegócio, moda foi o segmento que mais abraçou o live commerce no Brasil, responsável por 36% das transmissões.

Destacam-se também beleza (23%), casa e decoração (18%) e eletrônicos (8%).

“Os dados demonstram que há um espaço inexplorado para que os demais segmentos possam utilizar o live shopping como diferencial da concorrência. A estratégia ainda está em seus primeiros passos no Brasil e isso revela uma grande oportunidade para quem precisa sair na frente”, analisa o Chief Revenue Officer (CRO) da Mimo, Fernando Cardoso.

Farmácia

Com relação às taxas de conversão, por outro lado, as farmacêuticas foram as que apresentaram os melhores resultados. O relatório mostra que o segmento registrou crescimento de 252% em conversão com as transmissões. O resultado é calculado em cima do número de pedidos realizados durante as lives.

Beleza (35%), bebidas (34%), alimentos (32,5%) e esportes (32,5%) também alcançaram resultados promissores.