A companhia de logística Sequoia, especializada no mercado de e-commerce, pediu na sexta-feira (14) registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e listagem na B3, bolsa de valores oficial do Brasil.
A empresa com sede em Embu das Artes, região metropolitana de São Paulo, é controlada pelo administrador de fundos de private equity Warburg Pincus, com 70,5% do capital, que será vendedor na oferta secundária ao lado da Fram Capital Sherman.
A Sequoia se apresenta como líder em logística para comércio eletrônico no país, tendo em junho passado mais de 2.600 clientes, incluindo oito das 10 maiores empresas do setor e que fazia entrega expressa em mais de 3 mil cidades. Sua receita líquida somou R$ 376,5 milhões no primeiro semestre, aumento de 58,4% contra um ano antes.
O prospecto afirma que a empresa opera com 1.781 caminhões terceirizados e 188 próprios, 3.794 fiorinos e vans e 2.600 motocicletas, a partir de 11 centros de distribuição e 394 bases operacionais, por meio das quais fez mais de 17 milhões de entregas no primeiro semestre deste ano.
Guinada do e-commerce
O anúncio vem na esteira da guinada no comércio eletrônico no Brasil nos últimos meses, diante dos efeitos das medidas de isolamento social tomadas para conter a pandemia da Covid-19, que fechou milhares de estabelecimentos pelo país.
“O mercado de e-commerce no Brasil, que apresenta um rápido crescimento, ainda é pouco explorado em comparação com o de outras grandes economias, o que cria uma forte e sustentável demanda pelos nossos serviços”, afirma a companhia no documento.
A empresa, cujo IPO será coordenado por BTG Pactual, Santander, Morgan Stanley e Banco ABC Brasil, diz que tem uma estrutura enxuta de ativos e que a despesa de capital representa menos de 2% da receita.
A empresa pretende usar os recursos da oferta primária para fazer aquisições no setor, para otimizar sua estrutura de capital e para investir em automação.
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