Subiu de 35% para 48% a proporção de brasileiros com smartphone que declaram já ter realizado pagamentos por QR Code em seis meses, segundo a nova pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre m-commerce e m-payment no Brasil.
O levantamento entrevistou, entre os dias 10 e 21 de agosto, 2.007 brasileiros que acessam a internet e possuem smartphone. A pesquisa tem grau de confiança de 95% e margem de erro de 2,2 pontos percentuais. O relatório integral está disponível para download gratuito na página.
O hábito de pagar com QR Code é mais comum entre homens (52%) do que entre mulheres (44%). Há diferença também por classe social, tendo sido mais experimentado entre usuários das classes A e B (53%) do que entre aqueles das classes C, D e E (46%). Na segmentação por sistema operacional isso fica ainda mais evidente: iOS (62%), Android (46%).
No mesmo intervalo de tempo, a proporção de brasileiros que já realizaram pagamentos por aproximação também registrou um ganho expressivo, passando de 23% para 33%. Novamente, há uma diferença por gênero: homens (37%), mulheres (28%). Contudo, a diferença por classe social não é tão grande: classes A e B (34%) e C, D e E (32%).
Por outro lado, na comparação por sistema operacional, que reflete em alguma medida diferenças sociais do país, já que iPhones estão concentrados nas camadas mais abastadas da população, onde se nota uma diferença significativa: iOS (41%), Android (32%).
Alta do QR Code na pandemia
O isolamento social decorrente da pandemia do coronavírus deixou muitas lojas com as portas fechadas, mas impulsionou a utilização de tecnologias de pagamento sem contato. Segundo a pesquisa, esta pode ser a explicação para o expressivo aumento no uso dessas tecnologias verificado nesta pesquisa.
O brasileiro que ainda não havia experimentado pagamentos por aproximação (NFC ou MST) ou por QR Code teve finalmente o argumento que precisava para deixar a carteira no bolso e sacar seu smartphone na hora de pagar: evitar encostar as mãos nas maquininhas de cartão.
O uso do smartphone para pagamentos deve crescer ainda mais com a chegada do Pix, serviço de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central que será lançado em novembro oferecido obrigatoriamente por todos os grandes bancos e, voluntariamente, por várias fintechs e bancos digitais.
Em meados de agosto, quando esta pesquisa foi feita, porém, poucos brasileiros estavam familiarizados com o nome do serviço. Apenas 26% declararam já ter ouvido falar no Pix. O assunto é mais conhecido entre os homens (36%) do que entre as mulheres (16%), e mais nas classes A e B (32%) que entre pessoas das classes C, D e E (24%). Entre os brasileiros que já ouviram falar do Pix, 89% pretendem utilizar esse meio de pagamento.
As primeiras campanhas na TV e em canais de digitais para a divulgação do pré-cadastro do Pix começaram depois da realização das entrevistas desta pesquisa.
Leia também: Bitz, carteira digital do Bradesco, compra a fintech DinDin e prevê mais aquisições