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Pix completa cinco anos e deve movimentar R$ 35,3 trilhões em 2025

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

Prestes a completar cinco anos, o Pix está prestes a ultrapassar a marca de 7 bilhões de transações mensais pela primeira vez, segundo análise inédita do EBANX. A projeção indica que o sistema deve alcançar 7,9 bilhões de operações em dezembro, impulsionado pelo aumento das compras de fim de ano.

Tela de smartphone aberta com o site e logo do Pix.
(Imagem: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil)

Com a movimentação de dezembro, o volume total transacionado deve chegar a R$ 35,3 trilhões ao final de 2025, o que representa um salto de 34% em relação a 2024. Nenhum outro sistema de pagamentos instantâneos no mundo atingiu essa marca tão rapidamente — nem mesmo o UPI da Índia, que levou seis anos e oito meses para se aproximar do mesmo patamar.

Impacto na inclusão financeira

De acordo com o CEO e cofundador do EBANX, João Del Valle, o Pix “demonstrou ao longo desses cinco anos o enorme impacto que os pagamentos digitais têm na inclusão financeira e no desenvolvimento econômico do país”. Ele destaca que o método é “fácil de usar, gratuito, seguro, instantâneo e acessível a todos”.

Enquanto 60 milhões de brasileiros não possuem cartão de crédito, mais de 170 milhões utilizam o Pix, alcançando 93% da população adulta, segundo dados do Banco Central e do IBGE.
Empresas globais parceiras do EBANX que oferecem Pix como forma de pagamento registraram aumento médio de 16% na receita e crescimento de 25% na base de clientes em apenas seis meses.

196 bilhões de transações desde o lançamento

Desde o início da operação, em 2020, até setembro de 2025, o sistema já registrou 196,2 bilhões de transações, movimentando R$ 84,9 trilhões — mais de sete vezes o PIB do Brasil em 2024.
Com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 202% nos primeiros cinco anos, o Pix ainda tem espaço para crescer, especialmente com o avanço do Pix Automático, lançado em junho de 2025. A nova função permite pagamentos recorrentes e beneficia diretamente brasileiros sem acesso a cartão de crédito.

Segundo o EBANX, 74% dos novos clientes de empresas parceiras utilizaram o Pix Automático em sua primeira compra.

(Imagem: EBANX/Divulgação)

Mudança no comportamento de uso

A forma como os brasileiros utilizam o Pix também mudou. Inicialmente voltado para transferências entre pessoas físicas (P2P), o sistema passou a ser amplamente usado em compras (P2B).

Em 2021, 73% das transações eram entre pessoas físicas. Em setembro de 2025, o volume de P2B superou o P2P pela primeira vez, com diferença superior a 600 mil operações — número que chegou a 4 milhões em outubro.

Hoje, o P2B representa 44% do total, contra 43% do P2P, e deve atingir 48% até agosto de 2026, conforme projeção do EBANX.

(Imagem: EBANX/Divulgação)

Perfil do usuário

Mais da metade (51,6%) das transações é feita por brasileiros entre 20 e 39 anos. O Sudeste lidera o uso com 42,8%, seguido pelo Nordeste (26,6%), Sul (12,3%), Norte (9,7%) e Centro-Oeste (8,6%).

Os estados com maior participação são:

  • São Paulo (23,8%)
  • Rio de Janeiro (8,8%)
  • Minas Gerais (8,3%)
  • Bahia (7,1%)
  • Paraná (5%)

No ranking das cidades, São Paulo responde por 20% das transações, seguida por Rio de Janeiro (9%), Salvador (4,7%), Manaus (4,4%) e Brasília (4,2%).

Um marco global de inclusão e inovação

Para João Del Valle, os cinco anos do Pix representam um marco global. “A plataforma transformou a maneira como os brasileiros fazem transações financeiras e engajam com o mundo digital. Uma infraestrutura financeira inclusiva pode impulsionar tanto o crescimento econômico quanto a igualdade social”, afirma.

Com projeções recordistas e expansão de funcionalidades, o Pix consolida-se como o maior sistema de pagamentos instantâneos do mundo, reforçando o papel do Brasil como referência em inovação financeira e inclusão digital.