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Pix e LGPD entram na mira de investigação dos Estados Unidos

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

Após a imposição da taxa de 50% aos produtos de origem brasileira, ontem (15) os Estados Unidos resolveu incluir o Pix na lista do seu processo de investigação comercial contra o país. O sistema de pagamentos é acusado de ser favorecido pelo governo brasileiro, em detrimento das empresas estadunidenses. Enquanto a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é citada como um impeditivo para as empresas dos EUA trabalharem com dados brasileiros.

Pix automático é lançado pelo BC nesta quarta-feira (4)
(Imagem: Bruno Peres/Agência Brasil)

Em síntese, o documento Escritório da Representação Comercial dos EUA (USTR, em inglês) indica as práticas comerciais desleais do Brasil em relação aos Estados Unidos. Com a chegada do Pix, empresas como Mastercard, Visa, Amex viram seus cartões de débito substituídos pela nova forma de pagamento.

“O Brasil também parece se engajar em uma série de práticas desleais com relação aos serviços de pagamento eletrônico, incluindo, mas não se limitando a favorecer seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo”, cita o USTR.

Entre as acusações, estão também o oferecimento de tarifas comerciais injustas (mais baixas) e preferenciais a parceiros competitivos, o que prejudica as exportações dos EUA. O tópico pode ser uma resposta à reunião dos BRICS no começo do mês, que tensionou a relação entre os países do grupo com os Estados Unidos, acirrando a disputa comercial. A lista também menciona o etanol, desmatamento ilegal e investigações anticorrupção.

Lista de práticas sob investigação da Seção 301 do USTR (Imagem: USTR/Divulgação)