Logo E-Commerce Brasil

Pix e moedas digitais: relatório cita tendências do setor bancário

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

As reinvenções do varejo e e-commerce nos últimos anos passam muito pela evolução digital do setor bancário. O Pix é um exemplo de como a adição de um método de pagamento eficiente pode ser positiva para um ecossistema inteiro ligado ao consumo. Contudo, ainda há espaço para mais crescimento? Um estudo da TGT ISG aponta que sim.

Tendências para pagamentos 2024 - Moedas digitais e Pix automático e internacional
(Imagem: Freepik)

De acordo com o ISG Provider Lens Digital Banking Services 2023 – Brazil, alguns pontos foram importantes para as transformações do ambiente bancário no ano passado. Os principais vistos na análise são a redução de custos de transação e a facilitação da migração de clientes entre instituições.

O Pix é um dos frutos dessa disrupção em processos financeiros. De acordo com o Banco Central, somente em junho de 2023, o pagamento instantâneo foi utilizado em 3,3 bilhões de operações, totalizando R$ 1,4 bilhões transacionados.

Para Adriana Frantz, analista da TGT ISG e responsável pelo estudo, por se tratar de um cenário altamente competitivo, muitos bancos estão adotando um ecossistema complexo composto por integradores de sistemas, plataformas e provedores de serviços e software. Segundo a especialista, esse movimento pode tornar os bancos mais ágeis e eficientes, além de aprimorar experiência e fidelidade do cliente.

A autora do estudo, mencionando informações do Banco Central, afirma ainda que a moeda digital (Drex) pode ser trocada por papel-moeda e vice-versa, sendo acessível por meio de carteiras virtuais em bancos e outras instituições financeiras.

“No cenário que se desenha, as plataformas de soluções que antecipadamente oferecerem serviços B2B para apoiar bancos a captarem as oportunidades que surgirão relacionados ao Drex devem se destacar num futuro próximo”, pontua.

Futuro

Para os próximos anos, o estudo cita que avanços significativos serão vistos no que diz respeito aos pagamentos instantâneos. Dentre estes, destaque para Pix Automático e Pix Internacional. Enquanto o primeiro deve automatizar pagamentos recorrentes, o outro pode conectar o Brasil com modelos similares de pagamento de diferentes países.

Por fim, o relatório da TGT ISG também cita uma maior exploração por parte dos Bancos Centrais do mundo todo nos testes de emissão de moedas digitais. De acordo com o Bank for International Settlements (BIS), 60% dos bancos centrais estão atualmente experimentando essa inovação e a expectativa é que, até o fim de 2024, o Drex esteja liberado para o público brasileiro.

Outra inovação recente para o Brasil é o Open Finance, modelo de compartilhamento de informações financeiras autorizadas pelo cliente entre instituições financeiras. O levantamento cita que a ferramenta pode ajudar a melhorar a experiência dos clientes no uso de produtos e serviços financeiros nos próximos anos.