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PIX com custo menor para empresas pode ajudar a deslanchar sistema

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, o PIX, pode ganhar impulso em termos de uso devido à gratuidade para a pessoa física. Previsto para entrar em operação em novembro próximo, do lado das empresas, a novidade pode ganhar escala uma vez que deve reduzir os custos financeiros com tecnologias para pagamentos.

O PIX permitirá aos brasileiros pagar e receber em segundos, a qualquer hora e em todos os dias do ano. Previsto para estrear no dia 3 de novembro deste ano, estará em pleno funcionamento em 16 de novembro.

“A gratuidade do PIX para a pessoa física na ponta pagadora vai facilitar muito as transações corriqueiras do dia, entre família e amigos, e derruba drasticamente uma barreira de transações intrabancárias, principalmente para valores baixos”, avaliou o superintendente de Open Banking & Pagamentos Instantâneos do Itaú Unibanco, Ivo Mósca, durante o CIAB, organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “Vai ser um grande incentivo para a adoção do sistema de pagamentos instantâneos”, afirmou.

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Mósca também acredita que o PIX deve se mostrar atraente para as empresas, em especial para pequenas e médias empresas, que costumam ter um custo maior em meios de pagamento. “Com uma ampla adoção do PIX, você reduz uma série de custos”, disse o executivo, que deu como exemplo o fim da necessidade de fazer depósitos.

O executivo do Itaú ressaltou ainda que, na pandemia do novo coronavírus, muitas empresas têm sido forçadas a se reinventar e se digitalizar, o que cria um ambiente favorável ao PIX. “Muitos restaurantes não faziam entregas via aplicativo, e agora não só usam os aplicativos mais conhecidos do mercado, como também estão tendo soluções de aplicativo próprio”, disse.

Para Mósca, o PIX vai colocar de novo o Brasil na ponta do mercado de sistemas de pagamentos e traz oportunidades de redução de custo também para as próprias instituições financeiras. “As transações feitas por espécie trazem um custo muito grande de distribuição. Com a digitalização e utilização do PIX, vai haver redução de custo e será bom para o mercado como um todo, trazendo segurança para os negócios”, disse.

O diretor de Organização do Sistema Financeiro do BC, João Manoel de Pinho de Mello, fez uma breve apresentação para explicar o PIX e comentou que o sistema de pagamentos é um produto que “vai ajudar muito” as transações, em especial os recebedores. “Vai diminuir os custos de toda a cadeia”, disse o diretor, ao ressaltar a disponibilidade, velocidade, segurança e conveniência do produto.

Para o diretor de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban, Leandro Vilain, o PIX é transformacional e vai mudar o dia a dia dos brasileiros. “Dentro de um curto período tempo, o sistema de pagamentos instantâneos será tão natural quanto fazer uma TED (transferência eletrônica) como hoje. O PIX vai ser ainda mais natural no dia a dia das pessoas”, avaliou. Também deve servir de impulso ao PIX, conforme o diretor da Febraban, o fato de a população brasileira ser munida de celulares.

Pagamento poderá ser agendado

O PIX será um serviço de pagamento instantâneo, mas quem quiser poderá agendá-lo para que a transferência aconteça no futuro, segundo o Banco Central.

A oferta de agendamento do serviço será facultativa pelos participantes do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) aos seus usuários finais. Um PIX agendado deve ser iniciado no máximo até 12h do dia programado para a sua realização. Cada participante do SPI deverá definir o limite de data futura para agendamento do PIX; as condições para agendamento recorrente; e o horário limite para o cancelamento de um PIX agendado.

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As informações são do Broadcast Estadão e do Mobile Time